Os dois principais candidatos reformistas das eleições presidenciais do Irã foram readmitidos pelo órgão ultraconservador que inicialmente os desqualificara. As eleições estão previstas para o dia 17 de junho. A eliminação, anunciada no domingo, criou uma grave crise política e fez com que o guia supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, pedisse uma nova análise das candidaturas.

Cerca de 300 estudantes participaram de uma passeata na madrugada desta terça-feira contra a anulação da principal candidatura reformista à presidência, o ex-ministro do Ensino Superior Mostapha Moin.

Com a decisão, o ex-ministro, que parecia ser o único candidato com possibilidades de fazer frente aos conservadores na disputa presidencial, volta à campanha eleitoral. Ele havia sido desqualificado, ao lado de mais de mil candidatos, pelo órgão de supervisão ultraconservador encarregado de validar as candidaturas.

O Conselho dos Guardiães manteve apenas seis candidatos: o ex-presidente Akbar Hachemi Rafsandjani, quatro radicais ex-oficiais do Exército ideológico e um religioso reformista moderado praticamente condenado à derrota.

A censura provocou a reação dos reformistas iranianos e foi criticada por Estados Unidos e União Européia.