Política Titulo Rio Grande da Serra
De saída da Prefeitura, Maranhão diz que enviará currículo ao setor privado

Prefeito brinca com caso, mas admite conversa com Volpi; ele reconhece revés nas eleições

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
10/12/2020 | 00:08
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Sem conseguir emplacar sua sucessora à frente da Prefeitura de Rio Grande da Serra, o prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania) está nos últimos dias como chefe do Executivo da cidade em busca do próximo desafio profissional. Nem que seja na iniciativa privada.

Engenheiro civil de formação, Maranhão disse que está distribuindo currículos em busca de vaga de emprego no setor privado – no qual ele iniciou a carreira de engenheiro antes de se tornar político. Ele começou a ganhar notoriedade no meio político em 2005, quando o então prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB, hoje em Ribeirão Pires), o convidou para ser secretário de Obras. Em 2012, foi o escolhido de Kiko para disputar a sucessão e venceu aquele pleito.

Maranhão viu o projeto sucessório ao Executivo naufragar após derrota da sua vice-prefeita Marilza de Oliveira (PSD), que ficou apenas na terceira colocação. O vencedor foi o oposicionista Claudinho da Geladeira (Podemos), rival superado por Maranhão em 2012 e em 2016.

Conforme o prefeito, o Brasil é um país democrático e é preciso “respeitar” o resultado das urnas, mesmo que a decisão seja desfavorável. Ele disse que não faria igual ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que questiona o resultado da eleição no país – no voto, Trump perdeu para o democrata Joe Biden.

“Vou respeitar o resultado das urnas. A democracia é assim mesmo. Viva a democracia. Respeito o desejo do povo. Eu não vou ser um Trump e questionar o resultado. Enquanto isso, estou mandando currículos. E se você souber de alguém que estiver contratando um engenheiro, me avise”, disse.

A despeito de Maranhão admitir concorrer a uma vaga de emprego em setor privado, seu destino tende a ser o serviço público. Ele tem conversas adiantadas com o prefeito eleito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), para ser secretário de Obras na gestão do aliado a partir de janeiro.

“Tem uma conversa (com Volpi), mas nada fechado. Aprecio o trabalho de Volpi e o tenho como referência política. Caso receba um convite oficial, obviamente que considerarei”, avaliou o prefeito de Rio Grande da Serra. Maranhão, inclusive, já se mudou para a vizinha Ribeirão à espera do convite. O diálogo só não avançou mais porque Volpi precisou ser internado diante do agravamento de quadro de Covid-19. Ele teve alta hospitalar nesta semana.

Além de deixar o cargo de prefeito de Rio Grande, Maranhão também se despede da ocupação de mandatário do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC pela segunda vez. Dentre o legado que afirmou ter deixado no colegiado, defende a união entre as sete cidades que formam a entidade.

“Ainda me manterei presidente da Agência (de Desenvolvimento Econômico) do Consórcio, mas ter reunido os prefeitos foi importante. Além disso, destaco a ação da entidade no combate ao novo coronavírus”, pontuou. 




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