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Diadema: vereador quer explicação sobre licitação da ETCD
Vinícius Casagrande
Do Diário do Grande ABC
22/03/2003 | 21:36
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Depois de o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), confirmar que vai entrar com uma interpelação judicial contra o vereador Antonio Rodrigues (PT), o parlamentar decidiu contra-atacar e apresentou na última sessão um pedido de convocação para que o prefeito vá à Câmara explicar o processo licitatório da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) e o contrato com a Viação Imigrantes, que venceu a concessão para operar na cidade por 20 anos e fará um investimento de R$ 20 milhões.

Desde o início do ano, a ETCD tem sido um dos principais alvos de Rodrigues para atacar o prefeito. O mal-estar criado dentro do PT já fez com que o partido criasse uma comissão de ética contra o vereador. Já Filippi afirmou que as críticas extrapolaram o partido e que, por isso, decidiu entrar com uma interpelação judicial.

Apesar do contra-ataque do vereador, é pouco provável que o prefeito seja obrigado a comparecer no Legislativo. Na sessão da última quinta-feira, Rodrigues foi obrigado a pedir o adiamento do requerimento. Até mesmo vereadores de oposição não queriam votar a convocação do prefeito na última sessão. O vereador Manoel José da Silva (PSB), o Adelson, solicitou que o requerimento fosse retirado da votação para que pudesse ser aperfeiçoado. Além de Rodrigues, apenas o vereador Alexandre Rodrigues (PSB), o Professor Alexandre, se manifestou favorável à aprovação.

O líder do governo, vereador José Queiróz Neto (PT), o Zé do Norte, afirmou que se o pedido não fosse adiado, a bancada do PT votaria contra. A desculpa dos petistas é a de que o assunto não foi discutido dentro da bancada. Em uma reunião na manhã de quinta-feira, a vereadora Irene dos Santos esteve ausente. “Acho importante o prefeito estar presente, mas quero pedir para adiar para discutir com a minha presença”, disse Irene.

No entanto, o líder da bancada do PT, vereador José Antonio da Silva, já deixou claro que a convocação deverá ser rejeitada quando chegar à votação. “Não há a necessidade de fazer a convocação via requerimento, porque o prefeito tem feito discussões em toda a cidade nas audiências do Orçamento Participativo”, afirmou.




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