“Eles preocupam-se, às vezes, com esse burburinho político que houve nos últimos dias. Mas mostrei que isso não atrapalha, em nada, as ações do governo, que continuam em ritmo acelerado”, afirmou o ministro. Mantega disse ter mostrado aos investidores dados que confirmam que os fundamentos da economia brasileira estão sólidos e que o governo tem maioria no Congresso, com a qual tem aprovado as reformas e feito o aperfeiçoamento institucional do Brasil, fundamental para que a expansão econômica ocorra.
“Expliquei que essas polêmicas são passageiras e não atrapalham (o andamento do País)”, reforçou Mantega, que acredita que os tais “burburinhos” até estimulam o governo a intensificar o ritmo de trabalho para perseguir mais rapidamente os objetivos. “Quais as reclamações que a gente tem ouvido? De dentro do PT, é que haja um crescimento mais rápido e que o desemprego seja atacado mas rapidamente. Mas é isso que o governo deseja”.
De acordo com ele, não há (dentro do PT) divergências quanto aos objetivos e metas a serem atingidas. “Estamos todos com o mesmo ponto de vista. Portanto, assim que os resultados começarem a aparecer, e vão aparecer, tudo isso vai se acalmar”, argumentou. Pouco antes da reunião com os investidores, num hotel em Lima, Mantega disse que o crescimento econômico começou. “Para quem não percebeu, o segundo semestre de 2003, depois de um primeiro período ruim, com taxas negativas, a economia começou a se expandir.”
Paradinha – Segundo ele, o produto industrial cresceu 5% nos últimos seis meses do ano passado. Portanto, acrescentou, em 2004 haverá uma seqüência desse resultado. Mantega ponderou que sempre existe uma sazonalidade, na qual há uma aceleração no segundo semestre e uma “paradinha” no início do ano. “Há sinais, por exemplo, de que as vendas no varejo em janeiro superaram em 6% em termos de valor de venda às do mesmo período do ano passado”, afirmou. Ele ressaltou que houve um aumento do emprego formal e um crescimento na indústria. “Mesmo com a paradinha que tem no início do ano, há sinais de que existe interesse de continuar investindo.”
Sobre as cobranças dentro e fora do PT sobre a lentidão na recuperação econômica, o ministro afirmou que “os que estão fora do governo” não vêem as dificuldades do país. “Não podemos ter um crescimento instável. Queremos uma expansão sólida, para que ela possa se repetir nos próximos anos, e isso se dá com responsabilidade”.
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