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Três policiais estavam de plantão na delegacia, que não abriga presos, e fica às margens da rodovia Anhanguera, no quilômetro 115. Pelo menos cinco homens, que chegaram em três carros - um Vectra branco, um Mitsubishi e uma picape S-10 – participaram da ação. A polícia encontrou o Vectra, que fora roubado na última sexta em Capivari, em uma chácara em Campinas.
O escrivão José Luís Machado foi atingido na cabeça e morreu na hora. O investigador Carlos Alberto de Oliveira chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O carcereiro José Paulo Leite está internado em estado grave no Hospital Estadual de Sumaré. Uma mulher, cuja identidade não foi revelada, prestava queixa no momento da invasão, mas não foi atingida pelos bandidos.
O ataque destruiu parte da sala de recepção e dos banheiros, estilhaçou as vidraças da delegacia e causou buracos. O Distrito Policial havia sido transferido do centro da cidade para o local no ano passado, depois de um resgate de presos.
O delegado-geral do Estado, Marco Antônio Desgualdo, não descarta a possibilidade de a ação ter sido cometida pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Há a possibilidade de vingança”, afirmou.
Atentados em série - Este foi o segundo atentado contra policiais em uma semana na região de Campinas. No último sábado, um grupo jogou uma bomba e atirou contra o prédio da 4ª Companhia do 19º Batalhão da Polícia Militar em Hortolândia. Dois dias depois, policiais receberam telefonemas com ameaças, dizendo que PMs seriam mortos pelo PCC.
A facção criminosa tem sido acusada de um onda de atentados contra prédios públicos no Estado. O prédio da Secretaria da Administração Penitenciária foi alvo de três ataques em cindo dias no mês passado. Em fevereiro, o fórum de São Vicente foi invadido por quatro homens e provocaram um tiroteio, que causou a morte do advogado Antonio José da Silva e deixou um vigia ferido.
Na semana passada, o Fórum de Vicente de Carvalho, no Guarujá, foi atingido por tiros e ameaça de bomba esvaziou o Fórum João Mendes, na capital paulista. Nesta sexta, o Fórum Criminal de Osasco, sofreu um ataque a bomba, assumido pelo PCC.
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