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Bin Laden acusa ONU de instrumento de crime contra muçulmanos
Do Diário OnLine
Com Agências
03/11/2001 | 19:16
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O terrorista Osama Bin Laden divulgou um novo vídeo, exibido pelo canal de TV de Qatar, Al Jazeera. No vídeo, ele acusa a ONU de um instrumento de crime contra os muçulmanos. Ele acusou os chefes árabes pertencentes à ONU de infiéis.

Para Bin Laden, a ONU se transformou em "um instrumento de crime contra os muçulmanos e os (países) que cooperam com ela são hipócritas". "Os muçulmanos têm sofrido durante anos desde que a ONU tomou a decisão de dividir a Palestina, em 1947", disse.

"Todo o Ocidente, com raras exceções, apóia esta campanha feroz e injusta que não se baseia em nenhuma prova, que implique o povo do Afeganistão no que ocorreu nos Estados Unidos", afirmou.

Bin Laden afirmou ainda que o secretário geral da ONU, Kofi Annan, é um "criminoso", permitindo as injustiças contra os muçulmanos na "Palestina, Bósnia, Sudão, Somália, Iraque, Cachemira e Chechênia", lembrando o papel que Annan desempenhou na crise do Timor Leste.

"Este criminoso Kofi Annan se expressou publicamente e fez pressão sobre o governo da Indonésia, dando-lhe um prazo de 24 horas para que cedesse à secessão do Timor Leste sob ameaça de enviar forças militares", afirmou.

Bin Laden voltou a dizer que os Estados Unidos não têm provas concretas que justifiquem seus ataques no Afeganistão. "O povo afegão não tem nada a ver com isso, mas a campanha continua, exterminando aldeias e civis, mulheres, crianças e inocentes, sem nenhum direito", acrescentou.

A Casa Branca afirmou na noite deste sábado que as declarações de Osama Bin Laden revelam "o quão isolado do resto do mundo ele está". O comunicado foi passado pela porta-voz da presidência americana, Anne Womack.

O terrorista ez um apelo neste sábado aos muçulmanos para que "defendam sua religião e seus irmãos no Afeganistão". Em seu discurso, Bin Laden ressaltou que o atual conflito no Afeganistão é uma "guerra religiosa" entre cristãos e muçulmanos. Para ele, os muçulmanos que apóiam o presidente americano, George W. Bush, "renegaram sua religião".

"Trata-se, na essência, de uma guerra religiosa (...), os povos do Oriente são muçulmanos e os do Ocidente são os cruzados", avaliou o principal suspeito pelos atentados terroristas de 11 de setembro contra os Estados Unidos.

O terrorista aparece no vídeo vestindo um turbante e um casaco militar. Ao seu lado há um rifle automático e ele fala em frente a uma parede marrom. A rede de TV Al Jazeera não mencionou a hora e o local da gravação.




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