A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) afrouxou as exigências do edital para a licitação das linhas de ônibus intermunicipais da área 5, que abrange os sete municípios do Grande ABC. O objetivo é atrair empresas para participar do certame.
Desde 2006, as 19 companhias do lote operam com contratos precários. A região é a única da Grande São Paulo que ainda não conseguiu regularizar as operações por meio de concessões. Das quatro tentativas realizadas até hoje, três foram canceladas por não haver procura.
A proposta apresentada ontem pela EMTU, em reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, é que a transportadora que operar as 153 linhas intermunicipais da região terá permissão até 2016, ano em que vencem as concessões dos demais lotes. Em seguida, seria feita outra licitação.
Dessa vez, a empresa ou o consórcio vencedor da disputa não precisará pagar outorga pela operação dos itinerários. Os outros editais previam que a frota deveria ter idade média de seis anos, o que não é estabelecido nessa proposta. A diretriz é para que os veículos convencionais tenham idade individual de até dez anos, enquanto os articulados, até 12. A empresa deverá ter 830 veículos e providenciar a bilhetagem eletrônica em até 180 dias. A implantação do sistema de GPS (Global Positioning System) será por conta da EMTU. Para o julgamento, serão utilizados critérios como melhor proposta técnica, conforto aos usuários, menor emissão de poluentes e quantidade de veículos adaptados para deficientes físicos. O valor estimado do contrato é de R$ 1,08 bilhão.
Para o presidente da empresa, Joaquim Lopes da Silva Júnior, a licitação irá melhorar a qualidade das linhas intermunicipais. "Com os contratos precários, o trabalho de fiscalização e as punições em caso de má prestação de serviço ficam mais difíceis." Caso os empresários se recusem novamente a participar do certame, Silva Júnior cogita recorrer à empresa sob contrato emergencial para executar o serviço.
O assessor técnico da EMTU, Sílvio Rosa, salienta que a licitação do lote irá racionalizar as linhas no Grande ABC, que atendem a quase 7,8 milhões de passageiros ao mês. "Vamos eliminar as sobreposições e otimizar trajetos e intervalos entre ônibus", estima.
Resposta sobre uso de corredor de trólebus virá em um mês
A Prefeitura de São Bernardo deverá receber no próximo mês a resposta da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) sobre a proposta de permitir que dez linhas de ônibus intermunicipais possam circular pelo corredor do trólebus na Avenida Brigadeiro Faria Lima, que liga o Centro ao bairro Ferrazópolis.
O projeto municipal, chamado de Via Livre, prevê diminuir o tempo de parada dos ônibus na região central. "A proposta está sendo analisada e devemos fazer reunião no próximo mês para explicar a nossa posição", afirma o presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Júnior.
O projeto começou a ser estudado em dezembro. Na avaliação do secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo, Oscar Silveira Campos, a medida não irá prejudicar o sistema do trólebus, pois irá melhorar a fluidez no Paço Municipal.
Para otimizar o fluxo na Avenida Lucas Nogueira Garcês, a Prefeitura estuda passar parte das linhas para a Avenida Índico. Na volta, os ônibus subiriam pelas avenidas Redenção e Nações Unidas. Também estão previstas mudanças na Praça Samuel Sabatini e na Rua dos Vianas.
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