"O povo iraquiano, que apóia seu dirigente (o presidente Saddam Hussein), fará do Iraque o cemitério dos agressores americanos (...) e deixará seus corpos para os animais selvagens comerem", escreve o jornal al-Iraq.
O jornal afirma que os planos do presidente George W. Bush hostis ao Iraque "estão fadados ao fracasso, como foi o caso do seu pai (na Guerra do Golfo em 1991) e Bush conhecerá uma nova derrota militar e será maldito".
Os Estados Unidos "praticam a lei da selva, que é o método dos cowboys, que não reconhecem nem o direito internacional nem a lei divina".
O al-Iraq destaca que os norte-americanos "violaram os direitos humanos em todas as partes do mundo, começando por Hiroshima e Nagasaki (cidades japonesas atacadas com bombas atômicas em 1945) e passando pelo Iraque que, segundo o veículo, foi bombardeado pelo equivalente a oito bombas atômicas.
Na quinta-feira, o presidente Saddam Hussein afirmou, em atitude de desafio a Washington, que qualquer ataque americano contra seu país está fadado ao fracasso, num momento em que os Estados Unidos pareciam dispostos a tirá-lo do poder.
A Casa Branca reagiu com desprezo ao discurso, exigindo que o presidente iraquiano respeite seus compromissos em matéria de armamentos.
"Amanhã, o povo iraquiano, combatendo, dará sua palavra, com o dedo no gatilho. Os iraquianos vão até o fim para conseguir a vitória ou morrer como mártires", acrescenta o jornal, ao afirmar que a administração do presidente George W. Bush será "derrotada, maldita e desonrada eternamente".
Para o jornal As-Saura, órgão do partido Baas no poder no Iraque, a ONU deve "tomar uma iniciativa válida e resolver as diferenças (com Bagdá) para cortar a grama sob os pés de Washington".
"Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, apoiados pela entidade sionista (Israel), impedem qualquer solução pacífica entre Bagdá e ONU", segundo As-Saura.
Os Estados Unidos ameaçam atacar o Iraque e derrubar o regime de Saddam Hussein, a quem acusam de produzir armas de destruição em massa. Entretanto, diante da inquietação de diferentes aliados como Alemanha e Inglaterra, Bush prometeu na quarta-feira ter paciência e consultar o Congresso e seus parceiros antes de agir contra o Iraque.
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