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Cuba define candidatura de Fidel atenta ao referendo de Chávez
Da AFP
01/12/2007 | 17:27
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Cuba define neste domingo se Fidel Castro ficará ou não habilitado para uma reeleição presidencial, com a atenção voltada para o referendo de reforma constitucional da Venezuela, seu principal aliado político e econômico.

As assembléias municipais cubanas indicarão os candidatos para as eleições do próximo dia 20 de janeiro, nas quais serão escolhidos 614 deputados e 1,2 mil autoridades dos governos provinciais. Entre os parlamentares serão escolhidos, em março, na primeira sessão da nova Assembléia Nacional, os 31 membros do Conselho de Estado e, para isso, o líder de 81 anos deve ser deputado para ser reeleito presidente desse órgão máximo do Executivo.

Se, devido à doença da qual convalece há 16 meses, Fidel não for indicado neste domingo, então abrirá caminho para uma sucessão definitiva, que atualmente é exercida, de forma temporária, por seu irmão Raúl desde julho de 2006, ou a uma renovação geracional do governo. Tradicionalmente o presidente cubano, no poder desde 1959, foi indicado por Santiago de Cuba, berço da revolução, por isso a expectativa está centrada nas assembléias municipais dessa cidade, que fica a 900 km de Havana.

Dando por certo que Fidel participará nessa eleição, a preocupação da ilha se volta para a Venezuela e o referendo que visa a consagrar definitivamente a eleição de Hugo Chávez. Fidel está atento. Em um editorial publicado na véspera, o líder cubano adverte sobre o risco de um "magnicídio", segundo ele promovido pelos Estados Unidos, com conseqüências mundiais.

"As semanas e meses posteriores a essa data podem chegar a ser muito duros para muitos povos, entre eles o de Cuba", afirmou Fidel, ao admitir que a Venezuela tem sido determinante para manter a ilha em funcionamento, depois da crise que acabou com a União Soviética. Cuba recebe 92 mil barris diários de petróleo da Venezuela, principal sócio comercial com um intercâmbio de bens e serviços de mais de US$ 7 bilhões anuais.




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