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Megablitz no Centro de SP só apreende 22 pedras de crack
Das Agências
19/05/2002 | 22:22
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A Polícia Militar mobilizou 176 homens e 40 carros para a realização de uma megablitz no Centro de São Paulo e conseguiu apreender apenas 22 pedras de crack, 108 gramas de maconha e 65 gramas de cocaína, além de um carro irregular. Embora os homens tenham atuado em duas das regiões com maior concentração de tráfico de entorpecentes na cidade, a Cracolândia e a Baixada do Glicério, nenhum traficante de drogas foi detido – os policiais prenderam apenas quatro consumidores de entorpecentes sob a acusação de porte de droga.

A operação começou às 22 horas de sábado e terminou às 2 horas de domingo. Além das drogas, os policiais apreenderam 17 documentos de carros e aplicaram 37 multas. Revistaram 1.472 pessoas, 255 veículos e 51 bares em uma região que englobava os bairros de Santa Cecília, Santa Ifigênia, Bom Retiro, Pari, Baixada do Glicério, Cambuci, Sé, Bela Vista e Vila Buarque.

A política de realizar megablitze na cidade foi retomada pelo atual secretário da Segurança Pública, após ter sido posta em prática pelos seus dois antecessores, Marco Vinicio Petrelluzzi e José Afonso da Silva, quando assumiram a pasta. A justificativa para a realização dessas operações é que, mais do que prender criminosos e desarticular quadrilhas, elas servem para diminuir os índices de violência por meio da saturação de policiamento em áreas consideradas problemáticas pela polícia, além de aumentar a sensação de segurança da população.

Jardim Ângela - Um exemplo disso foram as operações, principalmente as da Tropa de Choque da PM, feitas durante três anos no Jardim Ângela, na zona sul, para diminuir os homicídios no fim de semana. O bairro era o recordista nesse tipo de crime.

Os melhores resultados obtidos utilizando esse tipo de ação, porém, foram os da chamada estratégia do quadrilátero. Nela, o aumento do policiamento em uma área deixa de ser aleatório para ser planejado, determinando até o tempo em que um carro da polícia deve passar pelo mesmo trajeto. São utilizados a força-tática, bases comunitárias e policiais a pé, segundo o esquema desenvolvido pelo coronel da PM Paulo Régis Salgado.




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