Política Titulo
PSDB define oposição ao governo em encontro
28/03/2004 | 21:49
Compartilhar notícia


Em meio à crise do governo e a queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os governadores do PSDB vão defender nesta segunda-feira, em reunião, a distinção da questão administrativa da briga política entre o partido e o PT, cada vez mais acirrada nos embates do Congresso.

“O Brasil tem uma oposição de primeiro mundo”, afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ele não poupa críticas à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como também acha que o PSDB não pode prescindir da colaboração com o governo, mas com a condição de ser dentro de uma visão mais moderna de atuação.

Mesmo ajudando o governo em momentos importantes, como a votação de projetos de interesse do país, Alckmin entende que a oposição deve sempre fiscalizar e propor alternativas.

Modernidade – As divergências políticas não podem, na sua avaliação, interferir na administração. “Isso é modernidade e esse deve ser o diferencial do PSDB”, disse o governador, resumindo o tom das conversas que manteve nas últimas semanas com os outros governadores tucanos, dando a linha da postura a ser adotada pelo grupo.

Essa oposição “civilizada” é defendida pelos governadores do PSDB desde os primeiros encontros, sempre com o objetivo de pontuar suas reivindicações e buscar coerência.

Na análise de Alckmin, o governo federal não pode ser centralizador sob pena de prejudicar os Estados e municípios que precisam ser fortalecidos. Para ele, o governo deveria aproveitar o clima internacional favorável para promover o crescimento da economia.

“Não podemos perder essa oportunidade tão favorável do crescimento da economia mundial. Temos de tirar o melhor benefício desse momento tão propício”, disse. Alckmin acha, contudo, que Lula precisaria melhorar a sua gestão. “Um ponto importante é ter uma estrutura governamental profissionalizada e com pouca influência política”, afirmou, deixando claro ser a partidarização uma das principais dificuldades da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Com partidarização, perde-se a eficácia da máquina e dificulta a gestão”, disse, acrescentando que os governadores vão fazer uma avaliação política da conjuntura como sempre acontece nesses encontros.

Experiências – É a quarta reunião dos governadores tucanos, desde a eleição de 2002. Segundo o governador Lúcio Alcântara (CE), o anfitrião, serão discutidos assuntos de interesse dos Estados, as pendências que ainda estão na agenda com a União. Eles vão aproveitar também para trocar experiências das diferentes administrações estaduais.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;