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TRT julga abusiva greve na GM; movimento continua no PR
Do Diário OnLine
24/04/2003 | 18:39
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O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas considerou abusiva a greve dos 10.500 funcionários da General Motors de São José dos Campos, no interior de São Paulo e determinou o retorno imediato ao trabalho, autorizando a montadora a descontar os dias parados dos salários. Os trabalhadores decidirão nesta quinta se manterão a greve, iniciada na terça-feira.

Os metalúrgicos da GM querem reajuste salarial de 10,39%, referente à inflação desde novembro de 2002, e a aplicação de um gatilho salarial sempre que a inflação passar de 3%. Mas a proposta da GM prevê 44% de abono salarial para quem ganha até R$ 1.780. O benefício seria pago em até quatro parcelas. Já os metalúrgicos que ganham mais do que esse valor, receberiam um abono fixo de R$ 783. O acordo não valeria para quem recebe mais do que R$ 4.100.

Já em relação à fábrica da GM em Mogi das Cruzes, o TRT julgou a favor do reajuste de 10% para os metalúrgicos e ainda considerou a greve não abusiva. Os 400 trabalhadores da unidade haviam paralisado as atividades por quatro dias no início do mês, mas voltaram ao trabalho para esperar o julgamento do tribunal.

Pela decisão do TRT, os funcionários não terão os dias parados descontados e receberão o reajuste dividido entre abril e junho. Além disso, ganharam ainda 60 dias de estabilidade. A montadora pode recorrer no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

Curitiba - Os metalúrgicos das montadoras Volvo e Renault, na região metropolitana de Curitiba (PR), continuam em greve nesta quinta-feira. O Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região pede reajuste de 14,61% para os funcionários da Volvo, da Renault, da Audi/Volkswagem e do PIC (Parque Industrial de Curitiba), que reúne 12 empresas fabricantes de autopeças.

Nessa quarta, quando o movimento começou, deixaram de ser produzidos na Volvo 23 caminhões, três ônibus e 50 cabines. Estão parados 1.600 funcionários. A empresa propõe R$ 600 de abono e 50% da inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Na Renault, 2.774 trabalhadores estão em greve. Deixaram de ser produzidos 680 veículos e 1.800 motores. Os funcionários aguardam uma proposta da empresa.




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