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Presidente paraguaio diz que a ordem está restabelcida
Do Diário do Grande ABC
19/05/2000 | 13:01
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O presidente paraguaio, Luis González Macchi, disse, nesta sexta-feira, que esmagou o motim suscitado pelos militares com o intuito de tomar o poder, dirigida desde a clandestinidade pelo ex-general Lino Oviedo e afirmou que ``a ordem está restabelecida, os rebeldes detidos e a vontade política para a defesa da democracia está mais firme do que nunca'.

``Esta foi a última batalha política contra os expoentes do delito político. As forças democráticas civis, policiais e militares derrotaram as forças oviedistas e seus aliados no crime sem um só morto', expressou numa mensagem à naçao transmitida pela televisao.

Depois de elogiar suas forças leais por agirem ``com estratégica serenidade', acrescentou que ``o povo já nao tolerará mais os que tentarem despojá-lo de seu legítimo direito à convivência em paz'. ``A paciência popular se esgotou. Como comandante tenho o absoluto controle da situaçao. Os órgaos de segurança agiram e vao agir com as disposiçoes legais, mas com firmeza contra os rebeldes', precisou Macchi.

Disse que o apoio que obteve ``da solidariedade de um povo que sabe ficar de pé ante a adversidade e o perigo' lhe dá ânimo para continuar no cargo, assim como o apoio que recebeu da comunidade internacional.

O presidente do Paraguai, Luis González Macchi, disse depois da rendiçao, nesta madrugada, da primeira divisao de Cavalaria que liderava a tentativa de golpe que essa situaçao foi gerada pelo ``abandono' de alguns amigos.

Em declaraçoes à rádio Uno, o presidente citou o afastamento e abandono dos amigos. ``acreditamos que chegamos a esta situaçao difícil, a qual conseguimos superar de cabeça fria, porque os amigos me enfraqueceram ao afastarem-se de mim'. Acrescentou que por outro lado, "nao esteve nem está em minhas maos a soluçao de todos os problemas. Por exemplo, culparam-me por vários deputados leais a este senhor Oviedo (Lino César) por nao tê-los afastados para serem julgados. O afastamento é um assunto dos próprios legisladores'.

O presidente mencionou entao os países do Mercosul, os EUA, a OEA, ONU, o Vaticano e a Uniao Européia. Frisou que o apoio que recebeu ``é a melhor apólice de seguro para preservar a democracia'.

``Esta tentativa de quebra constitucional vai acelerar nosso projeto de transformaçao econômica', afirmou Macchi. ``Esta loucura momentânea (de Oviedo) nao deve impedir que as crianças vao à escola nem que os trabalhadores deixem de construir o futuro da pátria. O triunfo é nosso. O inimigo está numa fuga sem retorno'.

O ministro do Interior, Walter Bower, anunciou que a Polícia Nacional tem um novo chefe, o comissário Miguel Angel Rojas, como prêmio por sua gestao à frente dos policiais leais ao governo que recuperou a instituiçao das maos dos oficiais seguidores de Oviedo. O comandante anterior, Casto Guillén, segundo Bower, foi destituído ``por sua falta de valor e coragem para enfrentar a situaçao. Deixou seus subordinados obedeceram ordens do general golpista. Nao acredito que haja contribuído na tentativa de golpe, porém a vontade dele foi nula para garantir a democracia.




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