Pelo menos 260 estabelecimentos foram lacrados por desrespeitarem regras; baile funk tira sossego no Sítio dos Vianas
Desde a liberação parcial do funcionamento de bares e restaurantes, no início de julho, pelo menos 620 estabelecimentos foram autuados e 260 lacrados em cinco das sete cidades da região, já que os locais descumpriram medidas sanitárias. As regras publicadas em decretos prevêem, além do uso obrigatório de máscara, o fechamento das casas até as 23h e o controle de público para evitar aglomerações. Mauá e Rio Grande da Serra não retornaram ao Diário até o fechamento desta edição.
Desde março, as prefeituras têm intensificado a fiscalização, já que alguns bares chegaram a abrir clandestinamente na quarentena. De lá para cá, Santo André autuou 36 estabelecimentos e teve de interditar 12. Já em São Bernardo os números são mais alarmantes, com 236 notificações e 149 lacrações. São Caetano teve de multar 12 locais e fechar 95. Diadema notificou 327 e fechou sete. Por fim, Ribeirão Pires autuou nove locais.
Embora os estabelecimentos afirmem que os cuidados com a pandemia estão reforçados, basta andar pelas principais vias de movimento noturno na região, sobretudo no fim de semana, para perceber que a prática é diferente, principalmente no que diz respeito ao distanciamento e ao uso de máscara.
Desde a inauguração, em 14 de outubro, o Muquirana’s Bar, no bairro Jardim, em Santo André, tem recebido grande público. Sócio-proprietário, Alexandre Ferreira Antunes garante que o local segue as normas sanitárias. “Nossa casa tem capacidade para receber 500 pessoas sentadas e 800 no total. Atualmente entram no máximo 300, em assentos distanciados”, afirmou o dono.
No entanto, o local, cercado por vidros, tem chamado atenção pela quantidade de pessoas no espaço sem máscara de proteção. “O público vem aqui para comer e beber e, eventualmente, alguns tiram as máscaras e acabam circulando sem o equipamento. Nós orientamos e pedimos para que recoloquem, mas é complicado”, lamentou Antunes, contando que a fiscalização da cidade está “forte”. “Todo dia aparece um fiscal por aqui” assumiu.
A Prefeitura de Santo André afirmou que o estabelecimento está entre os que foram multados. A autuação ocorreu no sábado, mas a administração não deu detalhes. Segundo Antunes, a multa ocorreu devido a pessoas estarem fumando em local com telhado.
Outro estabelecimento que chama atenção pela aglomeração é o Senhor Boteco, na Avenida Goiás, em São Caetano. O local foi o primeiro bar lacrado na pandemia, em 16 de março, por descumprir as regras sanitárias. Ontem, o Diário procurou os responsáveis pelo local para saber quais providências foram tomadas, mas não conseguiu retorno.
Moradores do Sítio dos Vianas, em Santo André, denunciam pancadão que acontece há três fins de semana. O baile funk irregular ocorre entre as ruas Minas e Grota, reunindo em torno de 200 pessoas. Além do som alto, o barulho de motos tem preocupado. “Moro aqui há 30 anos e nunca foi assim”, disse moradores, que preferiu não ser identificado.
O coronel Renato Nery Machado, comandante do CPAM/6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana 6) – que responde pela região –, afirmou que a Polícia Militar está reforçando a repressão às festas e que auxilia a Prefeitura na fiscalização.
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