Influenciado por antigos filmes de ficção científica como o russo "Solaris", de Andrei Tarkovsky, "2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick" e o primeiro filme da saga "Alien", Danny Boyle, o diretor de "Transpotting", fez a sua obra de fantasia, "Sunshine - Alerta Solar".

"É uma viagem física e psicológica, mas também espiritual porque os personagens vão em direção à fonte da vida", explica Boyle.

O ano é 2057. O Sol está morrendo e, conseqüentemente, a vida no planeta Terra. Para tentar salvar a espécie humana, oito astronautas empreendem uma viagem pelo espaço em direção ao astro para tentar recuperá-lo. A nave Icarus 2 funciona como uma bomba que, quando lançada ao Sol, poderá salvá-lo. Mas a viagem se torna também um conflito interior que levará os membros da equipe a um confronto existencial e com a força criadora da vida, a própria divindade.

"É como se o filme fosse dividido em duas partes. A primeira, com a aproximação do Sol, é ainda científica, trata das coisas da ciência e do que os homens conhecem. Mas à medida que se chega mais perto dessa estrela, tudo se torna mais espiritual. Daí, o clima muda na segunda parte do longa, e então é possível testemunhar o que pode acontecer com o homem quando se vê diante daquele astro e daquela luz", filosofa o diretor de "Cova Rasa".

O filme, propositadamente claustrófobico, "nasceu de um roteiro de Alex Garland (autor do livro 'A Praia', também levado às tela por Boyle) que me conquistou na hora com uma história fascinante que você tem que acompanhar até o final", conta o produtor Andrew Macdonald.

A produção britânica "Sunshine" custou cerca de US$ 40 milhões e tem no elenco Cillian Murphy ("Café da Manhã em Plutão") e Rose Byrne ("Maria Antonienta").