Em ano de eleição, os vereadores fazem de tudo para colocar o nome em evidência. Em Mauá, por exemplo, alguns gabinetes estão com adesivos e selos bem visíveis em portas e paredes – a maior parte colorida. A legislação eleitoral veda propaganda em órgãos públicos, com exceção das dependências do Poder Legislativo, cuja veiculação de propaganda fica a critério da Mesa Diretora por meio regulamentação. Em Mauá, isso ainda não ocorreu.

O diretor jurídico da Casa, Elvécio Firmino Batista, defendeu os vereadores. Ele acha que os adesivos não caracterizam propaganda antecipada e afirmou que a Câmara ainda não fez a regulamentação da propaganda, porque o período eleitoral ainda não começou.

No gabinete da presidência, o Diário flagrou um adesivo com os seguintes dizeres: Antonio Carlos. Mauá levado a sério. Antonio Carlos de Lima é o pré-candidato a prefeito do PL. O presidente da Câmara e também do PL, Diniz Lopes (PL), disse que não sabe quem colocou o adesivo, mas disse que já foi retirado. “Ficou ali (gabinete) uns dois dias. Não sei quem colocou, mas não vejo problema. Não quer dizer que é propaganda”, afirmou.

Os gabinetes dos vereadores do PSDB também têm adesivos nas cores amarela e azul contendo o desenho de um tucano e o número do partido – 45. No gabinete de Carlos Alberto Polisel, ainda há o seu nome. Ele não considera o fato uma propaganda. “Trata-se do partido que sou filiado. Isso é fidelidade partidária”, alegou.

O outro tucano Lourival Lolô Fargiani disse que vai estudar a legislação e se perceber que é um erro vai retirar os adesivos. “Eu entendo que isso não seja propaganda, mas se tiver em desacordo vou retirar”, afirmou. Lolô usa em seu carro um adesivo com o slogan Lolô a serviço da comunidade. “Independente da época, sempre uso esse slogan”, afirmou.

Jeitinho – Na porta do gabinete de Admir Jacomussi, presidente do PPS e pré-candidato a prefeito, há um adesivo verde e preto com o seu nome e logo acima um outro contendo o número 23 e a frase File-se no PPS. “Tomei o cuidado de fazer um adesivo separado do partido. O que não se pode fazer é pichar muros e estou cumprindo o que diz a legislação”, afirmou.

Nos gabinetes de Claudete Porto e Terezinha Luiz Ferreira, a Teka, ambas pedetistas, há adesivos também destacando os seus respectivos nomes, mas somente no de Claudete faz referência ao partido. “Estou apenas identificando que sou vereadora do PDT”, disse Claudete.