Sobrinho do ex-prefeito Celso Daniel (PT, morto em 2002) e do prefeiturável do Psol em Santo André, Bruno Daniel, Rafael Daniel (PSDB) disse que não vai apoiar o tio por “não compartilhar” com os ideais de extrema esquerda do Psol.

“Nada contra as figuras (filiadas), mas não compartilho. Não me encaixo com as ideias, não à pessoa do Bruno. Tenho relação boa com meus tios. O respeito é indiscutível. Do ponto de vista político, no entanto, temos diferenças, divergências. Mas o respeito”, declarou.

Rafael é filho de Maria Elisabeth Daniel e, em 2016, foi candidato a prefeito de Santo André, pelo MDB, recebendo 10,7 mil votos – no segundo turno, apoiou o prefeito Paulo Serra (PSDB), que neste ano tenta se reeleger. Em 2012, pelo PMN, foi vice da chapa encabeçada por Nilson Bonome (hoje no PSL de São Caetano). Quatro anos antes, buscou vaga na Câmara, atingindo 2.957 votos.
Ele aposta em vitória no primeiro turno de Paulo Serra. “Na minha opinião, e eu trabalho com números, os números apontam o quão benéfico foi o governo Paulo Serra para a cidade. Gestão boa tanto em arrumação da casa como em intervenções, arrecadação de recursos para garantir investimentos”, dissertou Rafael, que é diretor da Unidade de Assuntos Institucionais e Comunitários, antiga Secretaria de Governo, na administração tucana. “Toda eleição é caixa de surpresa, existe possibilidade de segundo turno, só que considero que os números são favoráveis à reeleição do Paulinho no primeiro turno. Isso é real, não é emoção.”

Desta vez, Rafael Daniel optou por ficar fora das urnas. Ele, entretanto, admite nutrir desejos eleitorais futuros, principalmente pelo fato de Paulo Serra não dar pistas sobre sucessores. “Ele ainda não tem. É questão de grupo, uma construção, não parte de mim. Mas quem sabe, pode existir (uma indicação).” Ele deixou de ser candidato a deputado e a vereador.