A mobilização dos funcionários incluiu também a demissão de 90 pessoas, entre março e esta sexta-feira. Segundo o presidente do Seaac de Santo André e Região, Vagnei Borges de Castro, o movimento deve continuar na semana que vem, caso a empresa decida manter o mesmo esquema de trabalho. Para ele, a jornada praticada pela empresa é ilegal. Ele diz que os empregados estão trabalhando dez dias e folgam um, quando eles deveriam trabalhar seis dias na semana, com direito a um de descanso.
O diretor de Recursos Humanos e Marketing, da CSU, José Antonio Camargo de Carvalho, argumenta que a empresa pratica dois modelos de escala, um que prevê uma folga a cada seis dias de trabalho e outro com folgas estipuladas a cada início do mês para quem trabalha aos sábados, domingos e feriados, em geral com seis ou sete dias de descanso no período. Ele comenta que essas jornadas foram previstas em acordo da categoria e aprovadas pelo Ministério do Trabalho.
A empresa possui nove unidades no Brasil, emprega 6 mil funcionários, dos quais 5 mil atuam na área de telemarketing. Segundo o executivo, o número de demissões é normal pelo total de empregados da empresa.
Outra questão abordada pelo sindicato se refere aos comunicados de acidente trabalho. "Doenças ortomoleculares e fonoaudiólogas têm sido os males acarretados por excesso de jornada", comenta Castro. Segundo afirma, os empregados arcam com custos de transporte e alimentação em feriados e somente são ressarcidos meses depois.
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