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Pé-de-cabra não continha marcas de sangue do casal Staheli
Do Diário OnLine
05/04/2004 | 22:31
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Os exames de DNA realizados no pé-de-cabra utilizado para assassinar o casal Todd e Michelle Staheli revelaram que as marcas de sangue existentes não são do casal, mas sim de outras duas pessoas ainda não identificadas. O mesmo resultado foi obtido nos exames efetuados nas roupas do caseiro Jossiel Conceição dos Santos, 20 anos, suspeito de envolvimento no crime, ocorrido no dia 30 de novembro do ano passado, em uma condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Nesta segunda-feira, Jossiel prestou um depoimento de aproximadamente duas horas na sede do MPE (Ministério Público do Estado) do Rio de Janeiro. De acordo com a promotora Marcele Navega, ele revelou mais dois nomes que estariam envolvidos no assassinato. De acordo com o Jornal Nacional (Rede Globo), estes dois novos acusados são moradores de uma favela na Zona Oeste da capital fluminense.

Depois do depoimento, Jossiel deixou o local com um colete a prova de balas. Ele está sob tutela do Programa de Proteção à Testemunha.

Namorada - A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou nesta segunda ter localizado a namorada do caseiro Jossiel. Grávida, Elizete disse à polícia que o namorado precisava de dinheiro para comprar um remédio de R$ 40. Ela disse acreditar que, por esse motivo, ele invadiu a casa do cônsul da Turquia, na quinta-feira da semana passada, quando foi detido por invasão a domicílio e acabou assumindo a autoria da execução do casal.

Elizete revelou também que viu o namorado tentando trocar dólares por reais. A informação, porém, havia sido passada anteriormente por um dos porteiros do condomínio Porto dos Cabritos.

Reconstituição - Também nesta segunda, a Secretaria de Segurança Pública do Rio adiou a reconstituição do crime. De acordo com a Secretaria, pelo fato do caseiro ter alterado a versão inicial do assassinato, a reconstituição deixou de ser prioridade.

Versões - No primeiro depoimento de Jossiel, na noite de quinta-feira, ele assumiu a autoria do crime. De acordo com ele, Todd e Michelle Staheli o contrataram para limpar a caixa d'água da casa. No entanto, durante o serviço, ele teria se irritado com o fato de Todd tê-lo chamado de "crioulo".

Na sexta-feira, durante novo esclarecimento dos fatos, o caseiro mudou a versão e disse que apenas facilitou a entrada de dois homens na casa e forneceu o pé-de-cabra. Para isso, ele receberia R$ 40 mil, valor que acabou não sendo pago.




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