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Conclave não deve passar de quatro dias
Da AFP
17/04/2005 | 16:26
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O Conclave para designar o sucessor de João Paulo II começará nesta segunda-feira e não deverá durar mais de quatro dias, segundo a tendência das votações desde o início do século XX.

O mais breve foi o que designou Pio XII, eleito em 24 horas na terceira rodada de votação, em 2 de março de 1939. O mais longo durou quatro dias e foi resolvido na 14ª rodada de votação com a eleição de Pio XI, em 6 de fevereiro de 1922.

João Paulo II foi eleito em 48 horas e oito rodadas de votação no dia 16 de outubro de 1978, e reinou sobre a Igreja Católica durante 26 anos e cinco meses. Seu antecessor, João Paulo I, foi eleito em 24 horas, após quatro rodadas de votação. Doente, ele morreu 33 dias depois.

O primeiro papa do século XX, Pio X, foi eleito em quatro dias, em 4 de agosto de 1903. O Conclave, aberto em 1º de agosto daquele ano, foi marcado pelo veto do imperador da Áustria, François Joseph, à eleição do cardeal Rampolla, ex-secretário de Estado do Papa Leão XIII.

O sucessor de Pio X, Benedito XV, foi eleito em 3 de setembro de 1914 em três dias e dez rodadas de votação. Assim como João Paulo I, ele hesitou antes de aceitar o cargo de máximo representante da Igreja Católica.

João XXIII foi eleito em três dias e dez rodadas, em 28 de outubro de 1958, e Paulo VI em dois dias e seis rodadas, em 21 de junho de 1963.

A falta de um papa mais longa durou três anos, sete meses e um dia, entre os dias 26 de outubro de 304 e 27 de maio de 308, após a morte do papa Marcellin. Ele foi sucedido por Marcelo I.

O conclave foi inventado em 1274 na cidade de Viterbo, no centro da Itália. Sob um regime à base de pão e água, e enclausurados com chave no palácio pontifical, os 17 prelados nomearam rapidamente o sucessor de Clemente IV.

O eleito, Gregório X, normalizou em seguida esta prática de enclausuramento dos cardeais. A regra eleitoral dos dois terços foi imposta por Alexandre III em 1180. O mesmo papa instituiu o Sacro Colégio dos cardeais, cujo número evoluiu de 10 para 20 em mais de três séculos.

Em 1585, Sisto V elevou este número para 70, em homenagem aos 70 anciões que acompanhavam Moisés. No início dos anos 70, Paulo VI definiu em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode exceder 80 anos.




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