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CPI dos bancos: é grande a expectativa pelos depoimentos desta 4ª
Do Diário do Grande ABC
28/04/1999 | 12:59
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A Comissao Parlamentar de Inquérito (CPI) do sistema financeiro vai ouvir na tarde desta quarta-feira, a partir das 16h, o depoimento de Rubens Novaes, apontado como intermediário entre o banco Marka e um possível informante do Banco Central, e Luiz Augusto Bragança, irmao de Sérgio Bragança, ex-sócio da Macrométrica.

Os dois já confirmaram a presença. A expectativa é grande, uma vez que o depoimento do ex-diretor de Fiscalizaçao do Banco Central (BC) Cláudio Mauch, nesta terça-feira, na CPI, nao esclareceu muita coisa. Ele apenas defendeu que as operaçoes de socorro do BC aos Bancos Marka e FonteCindam efetuadas em janeiro foram totalmente legais.

Os depoimentos desta quarta nao têm hora prevista para terminar.

Está previsto para esta quinta, o depoimento do sócios da Macrométrica Fábio Lyrio e Estevao Kopschitz. Porém, a presença dos dois ainda nao foram confirmadas. De acordo com o advogado deles, Manoel Messias Peixinho, os dois poderao seguir a estratégia do ex-presidente do Banco Central (BC) Francisco Lopes e nao dar declaraçoes a CPI.

Peixinho informou nesta quarta-feira que, embora seus clientes estejam dispostos a colaborar com a comissao, vai orientá-los a só depôr na Justiça, caso a CPI continue a funcionar como um "tribunal de exceçao". Segundo o advogado, os senadores precipitaram-se ao quebrar o sigilo bancário de todos os sócios da Macrométrica antes de ouvi-los. "Só se faz isso como uma medida extrema", criticou.

O advogado informou nao se importar com a possibilidade de Lyrio e Kopschitz serem presos, como aconteceu com Lopes nesta segunda. "Eles serao conduzidos, pagam uma fiança de 300 reais e vao para a casa", previu. "Se a CPI continuar a se conduzir desta forma, vou orientar meus clientes a manter silêncio, a nao ser que o senador Antônio Carlos Magalhaes (PFL-BA) convoque o Angelo Calmon de Sá (ex-proprietário do extinto Banco Econômico) para a CPI", atacou Peixinho.

Os advogados de outros envolvidos na investigaçao sobre o socorro do BC aos bancos Marka e Fonte Cindam informaram que seus clientes nao vao deixar de prestar esclarecimento à CPI. "Se meu cliente for convocado, vai prestar esclarecimentos", afirmou Joao Carlos Castellar, advogado de Luiz Bragança.




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