"Nossos funcionários locais informaram que as pessoas sofreram terríveis queimaduras e que a situaçao vai de mal a pior", disse um voluntário que utiliza apenas o nome de Jagadananda. "Há ácido na água", disse, após organizar a entrega de ajuda de emergência perto da fábrica de fertilizantes Paradwip Phosphates, 30 quilômetros a leste da capital, Bhubaneswar.
Na semana passada, houve informaçoes nao confirmadas de vazamento de amoníaco na fábrica de Paradwip, a maior cidade portuária indiana, que no dia 29 de outubro foi castigada durante oito horas pelo ciclone.
O Exército enviou geradores de energia elétrica de emergência para a fábrica, a fim de evitar outros vazamentos. O presidente da fábrica nao respondeu a vários pedidos da imprensa para se pronunciar a respeito. "A água dos reservatórios está preta e as pessoas que a utilizam ficam queimadas", disse Mohammad Amin, voluntário das equipes de ajuda. Ele acrescentou que foram colhidas amostras da água dos lagos para serem submetidas a análises químicas.
Um funcionário na sede de controle, em Jagatsinghpur, uma das áreas mais afetadas pelo ciclone, disse que o número confirmado de mortes é de 9.388 e que outros 1.732 cadáveres foram encontrados nesta sexta-feira em uma cidade próxima, Ersama, 300 quilômetros ao sul de Calcutá. Os voluntários estrangeiros calculam que o total de mortos pelo ciclone passará de 10 mil.
Centenas de vacas e outros animais domésticos também morreram e seus restos em descomposiçao contaminam a água utilizada para beber pelos moradores da regiao. Embora nao haja informaçoes sobre surtos de epidemias, os médicos diagnosticaram vários casos de diarréia e gastroenterite.
Milhoes de moradores da regiao perderam suas plantaçoes de arroz e cana-de-açúcar, suas casas e seu gado. Funcionários disseram que a produçao agrícola do estado poderá ficar reduzida à metade como resultado do ciclone, e que a produçao industrial também será afetada.
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