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Espião americano é condenado à prisão perpétua
Das Agências
10/05/2002 | 15:47
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O agente do FBI Robert Hanssen, acusado de espionar para Moscou durante 20 anos, foi condenado nesta sexta-feira à prisão perpétua por um tribunal federal de Alexandria (leste dos Estados Unidos).

Hanssen, de 58 anos, declarou-se culpado das acusações de espionagem e conspiração puníveis com a pena capital ante a corte federal, em julho passado.

Durante 20 anos, entre 1979 e 1999, ele transmitiu a Moscou - em troca de US$ 1,4 milhão - cerca de 6 mil páginas de documentos que continham importantes segredos da defesa e da inteligência americana. Também enviou aos soviéticos em outubro de 1985 os nomes de dois agentes da KGB (serviços secretos soviéticos) que trabalhavam para os Estados Unidos.

Hanssen, que trabalhou durante 27 anos para o FBI, contribuiu involuntariamente para o questionamento do funcionamento deste órgão, algo que atingiu maior dimensão com os atentados de 11 de setembro, cuja preparação não foi percebida pelo FBI.

Ele foi preso em 18 de fevereiro de 2001 quando estava entregando documentos secretos a agentes russos em um parque da Virginia.

"Aceito a sentença do tribunal, peço desculpas por minha conduta, estou envergonhado", declarou o espião, antes do anúncio da sentença pelo juíz Claude Hilton.

Hanssen, católico, também agradeceu seus ex-companheiros de trabalho, sua família e seus amigos por "seu apoio, sua generosidade, sua bondade e sua benevolência".

O advogado, Plato Cacheris, afirmou que seu cliente declarou-se culpado de quinze crimes, entre eles 13 de espionagem, um de tentativa de espionagem e o último de complô.

O veredicto, pronunciado pelo juiz Hilton, não causou surpresa: "prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade antecipada".

Hanssen cumprirá a pena na penitenciária de Allenwood, na Pensilvânia (leste), onde também está o espião Aldrich Ames e o "talibã" norte-americano", John Walker.




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