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FHC: desafio é manter equilíbrio do real
Do Diário do Grande ABC
15/04/1999 | 16:12
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O presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta quinta-feira, em palestra a empresários alemaes, em Colônia, na Alemanha, que o problema do Brasil, agora, é manter o ponto de equilíbrio da cotaçao do real em relaçao ao dólar. "Hoje, está em alguma coisa em torno de 1,70 real e 1,60 real, quando, no memorando com o FMI (Fundo Monetário Internacional), se imaginava 1,70 real em dezembro", afirmou o presidente. "Isso é fantástico, mas é verdade; o Banco Central (BC) está sendo obrigado a sustentar o dólar", acrescentou.

Em entrevista concedida após o encontro com empresários alemaes, o presidente explicou, no entanto, que quem fixa o patamar do dólar é o mercado. Ele lembrou que a recuperaçao do real foi mais rápida do que devia, mas que o BC só entra para "evitar o zigue-zague". "Por que, do ponto de vista de quem está na atividade econômica, é melhor haver previsao." O presidente reafirmou que o governo nao trabalha com nenhum patamar de cotaçao. "Quem fixa é o mercado." O presidente disse também acreditar que a cotaçao está chegando a uma "acomodaçao normal" e que, se ficar abaixo de 1,70 real, em relaçao ao memorando acordado com o FMI, "ficou".

FHC disse que a previsao é de que o Brasil conclua o ano com uma taxa de juros de 10% a 12%. Segundo ele, a queda dos juros no país tem sido maior do que se previa, sem o governo ter de forçar nada. "Estamos seguindo o mercado", afirmou. Com relaçao à inflaçao, o presidente disse aos empresários que a previsao de institutos de pesquisa é de o índice, neste ano, ser menor do que 10% e criticou os pessismistas, que preferem fazer previsoes negativas. Ele citou a previsao feita por um banco, que nao disse o nome, de que o Brasil teria, em 1999, uma inflaçao de 60%. Ele fez vários apelos para que os empresários alemaes continuem investindo no Brasil. "Somos um bom mercado; temos regras; entao, venham para o Brasil".




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