Nascido em Garanhuns (Pernambuco), o sanfoneiro José Domingos de Moraes aos 8 anos já empunhava sua pequena sanfona de oito baixos em feiras livres pernambucanas. Conheceu Gonzagão, seu padrinho artístico, quando tinha apenas 9 anos.

A convite do Rei do Baião, partiu em 1954 para o Rio com o pai e dois irmãos, também músicos. Tocou em boates e gafieiras, afinando o estilo. E também nas rádios Nacional e Mairinque Veiga, os palcos de maior prestígio da época, uma vez que a TV brasileira ainda engatinhava.

Gravou o primeiro LP em 1964, pela gravadora Canta Galo, de Pedro Sertanejo, pioneiro do forró paulista e pai de Oswaldinho do Acordeon, outro sanfoneiro de primeira linha. Aos 50 anos de carreira, com o nome transformado em sinônimo de música nordestina autêntica, Dominguinhos soma 40 discos lançados.

Além de tocar e cantar, Dominguinhos compõe. Tem parcerias com Anastácia (Eu só Quero um Xodó, Tenho Sede), Chico Buarque (Tantas Palavras), Gilberto Gil (Abri a Porta, Lamento Sertanejo) e Nando Cordel (De Volta pro Aconchego, Gostoso Demais, Isso Aqui Tá Bom Demais).

Dominguinhos – Show. Nesta quinta, às 22h30. No Canto da Ema – av. Brigadeiro Faria Lima, 364, São Paulo. Tel.: 3813-4708. Ingr.: R$ 10 (mulheres) e R$ 16 (homens).