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Aumenta o uso de helicópteros no ABC
Antonio Rogério Cazzali
Do Diário do Grande ABC
28/07/2001 | 18:38
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Os congestionamentos de trânsito que dificultam a locomoção entre o Grande ABC e a capital paulista e, sobretudo, o aumento da violência urbana, fizeram com que a procura pelo transporte de helicóptero crescesse no Grande ABC nos últimos dois anos. Segundo o diretor da ABC Fly, escola de aviação de Santo André, José Luiz Ferreira de Mattos, os mais interessados neste tipo de vôo são executivos de grandes companhias e empresários. Para ele, essas pessoas preferem o anonimato a fim de evitar tentativas de seqüestro. “Faz parte de nossa prestação de serviços a manutenção do sigilo.”

De acordo com o diretor, a ABC Fly realiza semanalmente de quatro a cinco vôos de helicóptero para transportar executivos. A hora do táxi aéreo, em aeronave que acomoda cinco pessoas, custa cerca de R$ 900. Para Mattos, neste tipo de transporte cobra-se a primeira hora cheia e, além desse período, o pagamento é proporcional aos minutos utilizados. A ABC Fly, que surgiu no Grande ABC e está há quatro anos no mercado, também ministra aulas de aviação. Segundo Mattos, a procura de executivos pelas aulas de pilotagem de helicóptero também é grande.

“Eles buscam fazer o treinamento por vários motivos, mas principalmente porque querem saber como funciona a máquina e também para sentir mais segurança durante o vôo.” O curso de piloto privado – não pode exercer atividade remunerada – custa cerca de R$ 12 mil. São quatro meses de curso teórico (R$ 900), mais 40 horas de aulas práticas, que constituem a parte mais cara do curso. Ele afirmou que a empresa possui seis helicópteros que podem acomodar dois, quatro, cinco ou seis passageiros.

Outra empresa de táxi aéreo com sede no Grande ABC é a Lara Aero Táxi, uma divisão da Lara Comércio e Prestação de Serviços, de Mauá, que atua na coleta de lixo. Segundo o comandante da empresa, Nilo Gabriel, a Lara emprega cerca de 20 horas/mês no transporte de executivos com helicóptero. De acordo com Gabriel, a hora de vôo cobrada custa R$ 1,1 mil. Ele também atribui o bom volume de vôos mensais no transporte de executivos à rapidez exigida pelas corporações atualmente. Ele afirmou ainda que o fator segurança também pesa muito. “Costumamos transportar presidentes de instituições bancárias, grandes empresas, executivos de montadoras, valores, documentos etc.”

O presidente da Volkswagen do Brasil, Herbert Demel, utiliza com freqüência o helicóptero. Os diretores da Casas Bahia, de São Caetano, também são assíduos usuários do transporte aéreo. A empresa possui três helicópteros e dois jatinhos.




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