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Lobby pelo Oscar se intensifica
Das Agências
05/02/2001 | 18:14
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O anúncio dos candidatos ao Oscar acontece na terça-feira da próxima semana (dia 13), mas a campanha pelas estatuetas mais cobiçadas do cinema já acontece há meses. Para ganhar o voto dos cerca de 5,6 mil eleitores da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, os estúdios gastam milhões de dólares em publicidade e os astros e estrelas não hesitam em se exibir ao público.

O que está em jogo não é só a honra do prêmio, mas também o sucesso nas bilheterias. Uma estatueta na cerimônia de 25 de março pode traduzir-se em milhões de dólares entre ingressos de cinema e vendas de vídeo e DVD.

É em prol desta campanha que numerosos atores, entre eles o menino britânico Jamie Bell (Billy Elliot), o veterano Geoffrey Rush (Contos Proibidos do Marquês de Sade) e a francesa Juliette Binoche (Chocolate), foram entrevistados na televisão norte-americana recentemente.

Babá – Willem Dafoe, que está entre os possíveis candidatos ao Oscar de melhor ator coadjuvante por seu papel em Shadow of the Vampire, lembra a primeira vez em que foi eleito finalista por Platoon (1986). “Soube que era candidato quando a babá de meu filho me telefonou”, disse.

De lá para cá, a campanha ganhou intensidade. “Os anúncios na imprensa especializada aumentaram nos últimos anos”, explica um dirigente da Academia, Ric Robertson, cujo escritório estabelece as regras da campanha. O público só percebeu o fenômeno há dois anos, quando uma agressiva campanha do estúdio Miramax garantiu sete Oscar para Shakespeare Apaixonado.

Outros estúdios têm ainda de lutar contra o mito de que os eleitores têm a memória curta. Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento estreou em março do ano passado nos Estados Unidos, mas a Universal Pictures gastou recentemente entre US$ 200 mil e 300 mil para estampar o rosto de Julia Roberts em um anúncio de página dupla nos jornais Los Angeles Times e New York Times.

“Se um filme estréia muito cedo, é preciso despertar um novo interesse no momento do Oscar”, declarou Terry Curtin, da Universal. A DreamWorks fez o mesmo com Gladiador e Quase Famosos.




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