No 8° Feirão da Caixa da Casa Própria, que será realizado entre os dias 18 e 20, no Centro de Exposições Imigrantes, imobiliárias e construtoras vão colocar à venda 11.960 imóveis no Grande ABC. Entre as opções na região, 1.960 são unidades novas e 10 mil usadas, que serão oferecidos por quatro imobiliárias locais. A média de preços varia entre R$ 113 mil e R$ 462 mil.

No caso de casas novas, a cidade que mais dispõe de oportunidades é São Bernardo, com 1.190 unidades, em seguida aparece Mauá com 269. Metade dos imóveis novos disponíveis (965) é direcionada ao Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal, que inclui unidades com valor inferior a R$ 170 mil.

O diretor da Imobiliária Guaíra, de São Bernardo, Nilson Aparecido Ferreira, disse que o estabelecimento reunirá 6.345 opções no feirão deste ano, em 2011 foram 5.000. "O mercado está aquecido. Dobramos o número de corretores de 30 para 60 e inauguramos mais duas unidades da imobiliária", explicou.

De acordo com Ferreira, apenas 60 imóveis oferecidos (1%) por meio da Guaíra vão custar até R$ 170 mil. "O restante varia entre R$ 200 mil e R$ 500 mil", contou.

No evento do ano passado a imobiliária vendeu apenas cinco unidades, mas neste ano o objetivo é triplicar as comercializações. "Os consumidores buscavam imóveis mais baratos. Neste ano, a redução das taxas de juros será o grande foco", comentou Ferreira.

CUIDADOS - O presidente da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), Marco Aurélio Luz, destaca que o consumidor deve se planejar antes da compra a fim de evitar decisão por impulso.

De acordo com o especialista, o interessado pela aquisição da casa própria poderá fazer proposta de compra, junto a construtora ou imobiliária. Mas no papel deve estar especificado prazo (de 15 dias, por exemplo) para que ele possa consultar as principais informações sobre o empreendimento antes de fechar o negócio. "Assim, o consumidor terá o direito de cancelar a proposta, sem ônus nenhum, caso o imóvel ofertado não atenda às expectativas", explica Luz.

Ele lembra que o mutuário interessado pela compra de imóvel usado deverá consultar possíveis dívidas, que não foram pagas pelo antigo morador (como condomínio e IPTU), e também as condições atuais da construção, como a estrutura e os pisos. "O futuro comprador pode contratar um engenheiro para ajudar a avaliar", comentou.

Caso a unidade esteja na planta, o especialista recomenda investigar se há muitas reclamações contra a construtora (por meio dos órgãos de defesa do consumidor) em razão de atraso na entrega de imóveis e se o empreendimento está registrado no cartório de imóveis junto com a prefeitura.

Antes de ir para o feirão, a dica é verificar previamente a taxa de juros oferecida pelo banco onde é correntista para comparar com os taxas encontrados no local.