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Justiça pede explicações a Sargento Juliano
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
06/02/2009 | 07:00
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A Justiça não acatou imediatamente ao pedido da bancada petista em Santo André para anular, por meio de liminar, a sessão que definiu a composição das comissões permanentes da Câmara, na terça-feira. O PT esperava ontem sinalização positiva do Ministério Público.

 Na quarta-feira, os vereadores impetraram mandado de segurança por entender que a questão da proporcionalidade não foi respeitada na votação, deixando a bancada fora das principais comissões da Casa: Justiça e Finanças.

 A Justiça preferiu avaliar a questão antes de tomar uma decisão acerca do assunto. Segundo Fabio Weslei Humberto Bafile, um dos advogados do PT no caso, o juiz notificará o presidente do Legislativo, Sargento Juliano (PMDB), a dar explicações sobre a composição. A resolução do caso deve sair em dez dias.

 "Não consideramos uma derrota, até porque o presidente da Casa terá de dar explicações. Além disso, estamos apenas fazendo a nossa parte, lutando por aquilo que achamos de direito. A proposta de acordo era deixar o Almir Cicote (PSB) na Justiça, e eu na Finanças. Assim, estaríamos representados em todas as comissões", ressaltou o vereador Tiago Nogueira, presidente do PT.

 Juliano disse que já esperava por uma decisão favorável da Justiça. "A legislação foi cumprida na íntegra. Se o juiz não fosse uma pessoa inteligente, já teria dado a liminar de início. O magistrado sabe que temos razão, por isso não acatou ao pedido."

 O peemedebista afirmou não ver problemas em dar explicações. "A proporcionalidade foi respeitada. O regimento interno não informa como tem de ser a distribuição do número de vagas que cada partido tem direito. Fizemos a coisa corretamente, até porque a gente sabia que poderia haver questionamentos na Justiça, como ocorreu em São Bernardo."

 O prefeito Aidan Ravin (PTB) não considera que o PT esteja tentando inviabilizar seu governo neste início de mandato. "Acho que estão incomodados com o fato de hoje estarem em uma situação diferente." Ele negou que tenha tido influência na escolha. "A Câmara é soberana."




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