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Grupo islamita reivindica autoria de atentado em central hidrelétrica
Da AFP
21/08/2009 | 08:34
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Um grupo islamita do Cáucaso anunciou nesta sexta-feira a autoria do atentado de segunda-feira contra uma central hidrelétrica na Sibéria (Rússia), no momento em que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, visitava as instalações onde morreram pelo menos 47 pessoas.

Nesta sexta-feira foram localizados outros 19 corpos, elevando o registro de vítimas para 47 mortos, anunciou o centro operacional de emergências, citado pela agência Interfax.

Em um comunicado divulgado no site rebelde Kavkazcenter.com., um grupo identificado como "Riyadus Salikjiin" reivindicou a autoria do suposto atentado.

"No dia 17 de agosto foi efetuada uma sabotagem em Jakasia, na central Sayano Shushenskaya. Na sala de máquinas, conseguimos colocar uma granada antitanques com detonação programada, cuja explosão provocou enormes estragos, muito superiores aos que poderíamos esperar", indicou o comunicado.

O grupo explica também que no início deste ano "foi tomada a decisão de ativar a guerra econômica contra a Rússia em seu território".

Além disso, reivindicou a autoria do atentado praticado em 17 de agosto (no mesmo dia da explosão na central hidrelétrica) contra o quartel-general da Polícia de Nazrán, na Inguchétia, no Cáucaso russo, provocando a morte de 25 pessoas.

Durante sua visita à central devastada, Putin não quis comentar o comunicado do grupo rebelde.

A Procuradoria russa negou nesta sexta-feira que haja provas de que a explosão na central hidrelétrica da Sibéria tenha sido um atentado islamita. "Durante a investigação, foram verificadas diferentes versões da origem do acidente", declarou o porta-voz da Procuradoria, Vladimir Markin.

Putin descartou qualquer possibilidade de encontrar com vida as dezenas de pessoas que permanecem desaparecidas. O desastre teria deixado 75 mortos, segundo ele.

"Os danos materiais podem ser reparados, mas as pessoas não voltarão. É uma grande tragédia", comentou o primeiro-ministro, que anunciou ajudas de 22.000 euros para as famílias de cada um dos mortos.




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