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Consórcio administrará hospitais federais do Rio
Do Diário do Grande ABC
25/10/1999 | 18:47
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Os hospitais federais do Rio deverao ser administrados por um consórcio entre a Uniao, o Estado e o município. Nesta segunda-feira, o ministro da Saúde, José Serra, reuniu-se com o governador Anthony Garotinho (PDT) e com o prefeito do Rio, Luís Paulo Conde (PFL) e ficou definido que, dentro de um mês, uma comissao, formada pela coordenadora dos hospitais federais no Estado, Ana Tereza da Silva Pereira, os secretário estadual e municipal da Saúde, respectivamente Gilson Cantarino e Ronaldo Gazzola, vai apresentar um modelo para o consórcio.

Segundo Serra, a idéia é dividir a administraçao dos 11 hospitais federais do Rio - ele citou 12, mas um foi municipalizado - com o Estado e o município. "Temos interesse em compartilhar a administraçao, os destino e a qualidade do atendimento, sem diminuir um centavo do que o ministério destina a esses hospitais e, se possível, até investindo mais", afirmou. Atualmente, o ministério gasta R$ 250 milhoes por ano com as unidades do Rio.

O ministro disse que o problema dos hospitais federais do Rio nao é falta de dinheiro, mas a dificuldade administrativa. "Temos de otimizar esses recursos, mas nao podemos nem investir, porque nao podemos sequer contratar pessoal", afirmou. "É irracional abrir concurso para um médico que vai ganhar pouco e reproduzir o atual sistema". Serra referia-se ao fato de que, por causa dos baixos salários, há evasao de profissionais de saúde e o ministério está impedido por lei de repor as vagas.

Por isso, ele defendeu a proposta de que o consórcio vire, na verdade, uma fundaçao, que tem liberdade para contratar pelo regime celetista. "A fundaçao seria o melhor caminho para nao repetir o círculo vicioso causado pelo salário vil", concordou Conde. Segundo Serra, o Estado e o município terao papel dominante na administraçao dos hospitais. "A única coisa que eu quero é hospital funcionando direto e o ministério dando os recursos", apontou. O ministério ficaria administrando diretamente apenas o Instituto Nacional do Câncer (Inca), considerado por Serra o melhor em sua especialidade.

Convênios - Nesta segunda, o ministro assinou um convênio com o governo do Estado para capacitar e reciclar os municípios a executar açoes de Vigilância Epidemiológica. Pelo convênio, a Fundaçao Nacional de Saúde (Funasa) vai repassar R$ 840 mil à Secretaria Estadual de Saúde e o Estado, R$ 168 mil.




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