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Centena de afegãos acusa Otan de matar três civis no sul
Da AFP
05/01/2011 | 15:36
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Uma centena de pessoas participou de uma passeata nesta quarta-feira em Ghazni, no sul do Afeganistão, gritando "Morte aos Estados Unidos!" e acusando os soldados americanos da Otan de ter matado três civis em uma operação na região.

Cento e vinte homens levaram pelas ruas da cidade três corpos descritos como de "civis inocentes", mortos no distrito vizinho de Nawar. Depois, seguiram para a mesquita local, constatou a AFP.

"Temos a certeza de que um dos mortos é um civil. Segundo o que investigamos até agora, pensamos que os outros dois também são civis", disse Sayed Amir Shah, chefe dos serviços de informação da província de Ghazni, acrescentando que a investigação continua aberta.

Para tranquilizar a multidão, Shah prometeu falar com o exército americano em nome dos manifestantes.

A Força Internacional da Otan no Afeganistão (ISAF) anunciou, em um comunicado, ter matado "vários insurgentes" esta terça-feira no distrito vizinho de Rashidan. Continua, no entanto, investigando a localização exata dos acontecimentos, disse um de seus porta-vozes, acrescentando que "aparentemente se trata do mesmo incidente".

Os homens mortos neste incidente eram insurgentes, atingidos por disparos de soldados da coalizão que responderam a tiros.

Por outro lado, a Isaf anunciou a morte de dois soldados estrangeiros na explosão de duas bombas artesanais: um no sul e outro no leste do Afeganistão.

Como tem por norma, a Isaf não revela a identidade ou a nacionalidade dos soldados mortos em operações no Afeganistão, deixando esta decisão às autoridades do país de onde proveem.

Pelo menos cinco soldados da Otan morreram desde 1º de janeiro, segundo contagem da AFP feita a partir de dados do site icasualties.org.

Em 2010, o número de baixas militares aumentou para 711, tornando este o pior ano para os soldados estrangeiros desde o começo do conflito, em 2001.

Cento e quarenta mil soldados da Isaf, composto em dois terços por militares americanos, estão no Afeganistão combatendo a insurreição dos islamitas talibãs, depostos do poder em 2001.




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