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Servidores de São Bernardo param na quarta-feira
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
19/06/2009 | 07:30
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Os funcionários públicos de São Bernardo estão em estado de greve. A situação de "alerta", como definiu o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores), Carlos Roberto da Silva, o Ketu, deve-se ao fato de a Prefeitura não oferecer proposta de reajuste salarial e de benefícios aos cerca de 13 mil servidores. Valorização do funcionalismo foi uma das propostas de campanha do prefeito Luiz Marinho (PT).

Na quarta-feira pela manhã, os trabalhadores prometem cruzar os braços e só retornar ao expediente à tarde. Na ocasião, a entidade promoverá ato de protesto em frente ao Paço e também na Câmara.

O Sindicato também distribuirá, semana que vem, carta aberta à população explicando os motivos que levaram os servidores a essa situação. Na sexta-feira, será realizada uma assembleia.

"Faremos um balanço das atividades que promoveremos e os próximos passos a serem tomados. Esperamos que o Executivo se sensibilize e reveja sua posição", salientou Ketu, que não descarta paralisação geral caso seja mantido 0% de aumento. "Isso é ruim para os trabalhadores, para a Prefeitura e para o Sindicato. Não queremos isso. Esperamos resolver no diálogo", frisou o dirigente sindical.

Uma comissão da Prefeitura e Do Sindserv estão há três meses em negociações. A entidade tem 1 itens na pauta de reivindicações. A administração enviou resposta oficial por escrito aos funcionários públicos na tarde do dia 16, data-limite para que as propostas fossem apresentadas.

"Tudo o que era relacionado à questão financeira foi ignorado. Segundo balanço da Prefeitura relativo ao primeiro quadrimestre houve diminuição de gastos e aumento de receita. A administração poderia ter feito esforço maior conosco. Faltou vontade política", reclamou Ketu.

Levantamento feito pelo Sindserv junto ao Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que, no período de 1997 a 2007, a defasagem salarial dos funcionários públicos de São Bernardo chegou a 6%. "Pretendemos obter reajuste de 6,5% referente à inflação de um ano e mais aumento concreto a ser debatido na mesa de negociação. Mas não obtivemos nada", ponderou o presidente.

Também não foram atendidos pedidos referentes a benefícios. O vale-transporte pago atualmente pela administração é de R$ 78. O Sindicato propôs que, no mínimo, fossem garantidos os R$ 2,50 das passagens de ônibus, de ida e volta. Assim, se um funcionário utilizar apenas uma condução ao trabalho teria R$ 100 mensais. Quanto ao auxílio-alimentação, a reivindicação da categoria era dobrar os atuais R$ 5,50 por refeição.

A única proposta efetivada pelo Executivo foi rejeitada: aumento de 6% apenas para servidores em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com piso de R$ 516.

A Prefeitura não se manifestou sobre o assunto.




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