A informação foi difundida na noite desta segunda-feira por redes de notícias dos Estados Unidos – entre elas a CNN. Agências internacionais de notícias atribuíram a informação ao senador John Warner, presidente da comissão de assuntos militares do Senado. Republicano do Estado da Virgínia, Warner fez tal declaração após uma reunião com Bush.

Na tarde desta segunda, o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, adiantou o conteúdo do pronunciamento de Bush e avisou que "para evitar um conflito militar, Saddam Hussein não tem outra opção senão abandonar o país".

O Iraque rejeitou antecipadamente o ultimato. O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, disse que Saddam não deixará o poder e desafiou: “Só há uma solução (para evitar a guerra), que saia o promotor número um da guerra", disse, referindo-se a Bush.

”O Conselho de Segurança se mostrou incapaz de agir para fazer aplicar suas próprias resoluções (...) e fazer desarmar Saddam Hussein. Chegou o momento da verdade", advertiu o porta-voz. Segundo Fleischer, Bush reforçará o conteúdo do discurso do secretário Colin Powell, que afirmou que “a janela diplomática foi fechada“.

Saddam admitiu pela primeira vez, nesta segunda-feira, que seu país seu país já possuiu armas de destruição em massa para se defender de inimigos como Irã e Kuwait, mas que atualmente não as tem mais. “Temos uma vontade verdadeira de eliminar as armas de destruição em massa em nossa região e em todo o mundo", disse em entrevista à TV iraquiana.

O líder iraquiano afirmou ainda que espera que a guerra não aconteça, mas prometeu a derrota dos Estados Unidos se os americanos atacarem seu país. "Estamos dispostos a sacrificar nossas almas, nossos filhos e nossas famílias para não abandonarmos o Iraque. Que ninguém imagine que os Estados Unidos são capazes de quebrar a vontade dos iraquianos mediante as armas. Se o mal (a guerra) acontecer, nós venceremos os Estados Unidos.