Política Titulo Caso Semasa
Oitiva de Pavin e Dovilio fecham ciclo de inquérito
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/05/2012 | 07:26
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Os depoimentos de Ângelo Pavin (PMDB) e Dovilio Ferrari Filho, superintendente e adjunto do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), fecham ciclo do inquérito criminal aberto na Polícia Civil para investigar suposto crime de propina na venda de licenças ambientais praticado na autarquia. A apuração, porém, não terminará após as oitivas dos os principais nomes acusados no possível crime.

Utilizando-se do Código Penal para realizar a análise, a polícia tem como procedimento natural intimar os supostos envolvidos na ação. A estratégia serve para que os questionamentos sejam mais embasados de um conjunto de informações que foram levantados durante o inquérito, diferentemente da fórmula usada na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que ouviu primeiro a dupla, que negou a participação no esquema e ter relações com o advogado Calixto Antônio Júnior, acusado de ser mentor da atividade ilícita.

O eventual sistema consistia em brecar a liberação da assinatura de Pavin, última etapa para obtenção da licença ambiental. Na representação, Dovilio limpava o terreno para deixar o departamento livre para montar o plano e Calixto, que não era funcionário, procurava as empresas que aguardavam o documento. Em um dos casos, um representante revelou que ouviu do advogado que o pagamento servia para "caixa de campanha".

Após apresentação de documento em que comprova que Calixto iniciou a operação na autarquia por determinação do prefeito Aidan Ravin (PTB), o assessor de gabinete do Paço, Antônio Feijó, suposto executor da ligação que ordenou a interferência, também está convocado a prestar esclarecimento nesta semana. No comunicado, o diretor financeiro do Semasa, Nelson de Freitas, atestou que Feijó interveio a mando de Aidan para que Calixto tomasse conta da liberação de pagamentos a fornecedores.




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