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Ford lança 'test-drive' pela internet
Lana Pinheiro
Do Diário do Grande ABC
02/07/2006 | 10:04
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Com a popularização da internet, as estratégias de marketing e vendas das empresas dos mais diversos tamanhos entraram em nova era. Na indústria automotiva não é diferente. A Ford, com sede em São Bernardo, se torna exemplo disso ao lançar campanha inédita no Brasil: convida o internauta a conhecer o seu recém-lançado Fusion pela internet. O programa virtual permite giro de 360 em sua parte externa e interna, como se fosse um test-drive. Com a ação, a empresa espera registrar recorde de 500 mil acessos únicos ao site no mês.

Acesso único significa que só é contabilizada a primeira visita feita por um determinado computador. O controle é feito pelo IP (espécie de RG da máquina), que fica gravado no servidor da montadora. No ano passado, a média mensal de acessos únicos foi de 350 mil. A tendência é que o número de visitantes cresça ainda mais, tanto pela popularização dos computadores e do preço que se paga pelo acesso à rede quanto pelas artimanhas criadas pelas agências de publicidade para envolver cada vez mais o internauta.

A campanha do Fusion é uma delas. Na primeira página do site da montadora (www.ford.com.br), uma foto do sedan mexicano chama a atenção do internauta. Quando ele clica sobre a foto é encaminhado ao hotsite, site exclusivo do modelo. Nessa página, o interessado poderá brincar com o mouse aproximando detalhes do carro - como a grade dianteira, faróis ou suspensão -, girar o modelo em 360 e até entrar no carro. Na parte interna, o processo se repete até que ao clicar na chave, o test-drive começa.

É bem verdade que existem limitações. O internauta não pode mudar a direção do carro. O percurso em cidade futurista é determinado pelo computador, mas brincadeiras como mexer no ar-condicionado, trocar de estação de rádio com músicas reais - para quem tem caixas de som - e até testar os faróis são possíveis e suficientes para divertir.

"No princípio, imaginamos deixar a direção nas mãos do internauta, como se fosse um vídeo-game, mas o programa ficaria muito pesado, dificultando a navegação. Então resolvemos pela saída mais sofisticada dentro de determinados limites de conforto para o usuário", explica Victor Bialski, gerente de comunicação e marketing da montadora.



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