As bancadas dos partidos na Câmara dos Deputados também discutem nesta semana se vão apoiar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso Waldomiro Diniz. O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares foi flagrado em 2002 pedindo propina para um bicheiro — o dinheiro seria usado para financiar campanhas petistas e da governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus (na época no PSB, hoje no PMDB).

O PSDB já fechou questão a favor da CPI, mas o PFL ainda está dividido. O vice-líder do partido Pauderney Avelino (AM) é a favor, mas muitos colegas não gostam da idéia de uma investigação sobre contas de campanha.

“Nós precisamos saber a extensão do comportamento do assessor, se está restrito ao que foi veiculado ou se foi estendido ao cargo que ocupava no Palácio do Planalto”, declarou Avelino em entrevista à Agência Câmara.

A bancada do PPS reúne-se nesta terça para discutir a proposta de instalação da CPI. Para o novo líder do partido, deputado Júlio Delgado (MG), ainda é cedo para falar no assunto. Ele prefere esperar as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal sobre o episódio.

São necessárias 171 assinaturas para a instalação de uma CPI na Câmara.