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Empresa do ABC integrará comitiva presidencial à Índia
Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
27/12/2003 | 18:02
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Antes mesmo de receber o diploma de graduação da Iesbec (Incubadora de Empresas de São Bernardo), previsto para outubro de 2004, a Jireh Automação foi convidada pelo Ministério das Relações Exteriores para integrar a comitiva presidencial que visitará a Índia de 26 a 30 de janeiro. A viagem tem como objetivo estreitar as relações entre as empresas brasileiras e daquele país. Em dois anos, a Jireh já acumula patrimônio de R$ 450 mil, registra faturamento de R$ 2 milhões por ano, emprega 14 funcionários e possui uma carteira de 120 clientes, sendo 30 ativos.

O convite para a viagem à Índia surgiu depois que a empresa recebeu a certificação da Onip (Organização Nacional da Indústria e do Petróleo) como Fornecedora Qualificada da Indústria de Petróleo. O cadastramento na Onip possibilita a participação em diversos programas do órgão, entre eles visitas a outros países. Para os sócios-diretores Alberto e Tânia Nakamura, a comitiva à Índia é uma oportunidade para conquistar clientes também fora do país.

“Um cliente novo nunca é demais. Nossa meta é crescer como empresa e contribuir para o desenvolvimento do município”, afirmou Alberto. A Jireh oferece soluções para modernizar e agilizar os processos produtivos, principalmente de metalúrgicas. Entre as grandes empresas atendidas estão Scania, Volkswagen, DaimlerChrysler, TRW e Prensas Schuler.

Segundo o diretor, cerca de 30% dos clientes chegam à Jireh por meio do tradicional boca à boca. “Nós fazemos o serviço em uma empresa e eles nos indicam a outras.” A meta da empresa para os próximos 4 anos é aumentar 30% o faturamento. Antes disso, a empresa deverá mudar de endereço e contratar funcionários para conseguir atender o aumento de demanda. Como as máquinas e equipamentos são feitos sob encomenda, a empresa conta com um banco de currículos profissionais.

Lição de casa – Para o gerente da Iesbec, Alexandre Vancin, o sucesso da Jireh deve-se à postura dos sócios no mercado: eles dividiram a empresa em diferentes departamentos e contrataram profissionais para se responsabilizarem por determinadas áreas. “Geralmente as empresas confundem as estruturas. Por exemplo, o próprio dono vende e entrega o produto, mas quando ele pára a produção para fazer a entrega, o ciclo se interrompe e a produção atrasa.”

Vancin apontou ainda a postura arrojada de Alberto e Tânia na hora de posicionar a participação da empresa no Grande ABC. Em 1999, a Jireh realizava apenas serviço de automação. Dois anos depois, os diretores perceberam que tinham know-how para também fabricar máquinas e equipamentos que pudessem atender às necessidades dos clientes.

Em um pouco mais de três ano, a incubadora conta com 11 empresas internas e seis externas que geram 140 postos de trabalho e registram faturamento de R$ 3 milhões por ano. Para os próximos dois anos, a meta da Iesbec é elevar o número de empresas incubadas para 30 e o faturamento para R$ 7 milhões. A incubadora é uma parceria entre a prefeitura de São Bernardo, o Sebrae, Sindicato dos Moveleiros do ABC e um conselho formado por representantes de universidades, bancos, Senai e Cieps.




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