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Origens de uma guerra em Cybertron

Nova série de ‘Transformers’ tem tom mais sério para abordar começo das brigas entre robôs

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
15/08/2020 | 23:59
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Divulgação


A briga pelo futuro de Cybertron parece não ter fim. Os seres mecânicos que vivem no planeta lutam entre si dizendo que sabem o que é melhor para o povo, com os confrontos deixando destruição por onde passam e aquecendo ainda mais os ânimos para os lados dos Autobots, que buscam liberdade e união, e dos Decepticons, cujo objetivo é comandar utilizando a força. Entre cenários diferentes, contextos alterados e armaduras modificadas ao longo do tempo, os Transformers tentam se remodelar sempre.

Criada nos anos 1980 (veja mais ao lado), a franquia animada aposta em um ar um pouco mais sério em seu mais novo capítulo. Tensão, ação, drama e discussões sobre quem está certo ou errado tomam o material produzido em Transformers: War For Cybertron Trilogy – O Cerco, produção que a Netflix colocou em seu catálogo no fim de julho. Apesar de ser uma saga norte-americana, o seriado é classificado como um anime, termo utilizado para identificar desenhos animados de origem japonesa, por causa do estilo do programa.

No projeto, a diversão fica pelo fato de o público poder conhecer melhor as complicações que originaram os combates dos robôs que se transformam em carros, tanques, motos e aeronaves. Optimus Prime lidera a resistência autobot lutando para encontrar energon, espécie de energia especial que funciona como combustível para sua nave e seu esconderijo. Já Megatron é o supremo líder decepticon que avança cada vez mais para acabar com aqueles que resistem a seus métodos de comando no planeta. 

Os outros personagens aparecem para defender o que acham certo, com essa visão de qual lado é melhor para o bem de Cybertron fazendo com que alguns acabem por mudar de lado ao longo dos acontecimentos – e algumas revelações. Detalhe que o popular Bumblebee ganha importância diferenciada da mostrada em outras séries e filmes da saga, com seu destino estando conectado com Optimus de maneira especial.

Transformers: War For Cybertron (Guerra por Cybertron, em tradução para o português) está dividido em três partes. O Cerco é a primeira, tendo seis episódios, com cerca de 25 minutos de duração cada um, e mostra justamente os mocinhos sendo encurralados e se perguntando se ainda têm chances de vencer. As próximas duas fases da nova série ainda não têm data de estreia, com a conclusão do confronto ficando em aberto mais uma vez.

Série surgiu com brinquedos japoneses

A história por trás de uma das séries mais conhecidas de todos os tempos meio que inverteu uma lógica. Geralmente, programas populares ganham linha de brinquedos por causa da fama. No caso de Transformers, os bonecos surgiram primeiro e toda uma história teve que ser desenvolvida para justificar os personagens.

Toda a ideia nasceu no Japão, com a atração sendo sucesso com as crianças no país no início da década de 1980. A empresa norte-americana Hasbro apostou que a atração poderia dar certo também no Ocidente, mas era necessário criar toda uma trama para movimentar o público. Houve acordo com a editora Marvel Comics e alguns escritores dividiram os personagens em mocinhos (os Autobots) e vilões (os Decepticons), imaginando a trama por trás dos conflitos entre eles desde o planeta Cybertron.

Os primeiros brinquedos foram lançados em 1984, com o sucesso rendendo a primeira série animada, exibida entre 1984 e 1987. No Brasil, chegou a partir de 1986. Os episódios mostravam os Decepticons tentando absorver todos os recursos da Terra e os Autobots tentam proteger a humanidade depois que despertaram no novo planeta após milhões de anos.

Não pararam de ter desenhos animados para a saga desde então. Entre pequenas diferenças sobre detalhes da história e os estilos dos protagonistas, as séries continuam a estar no ar. A mais recente é Transformers: Cyberverse, em exibição desde 2018.

Cinessérie tem muitos efeitos visuais

O mundo dos Transformers voltou a chamar a atenção da cultura pop na metade dos anos 2000, quando Hollywood abriu as portas para levar as batalhas robóticas para as telas. A ideia era usar os efeitos visuais para dar forma aos personagens no mundo real, com atores reais fazendo sua conexão com a Terra.

A primeira adaptação foi Transformers (2007), sucesso que abriu caminho para que a franquia se tornasse uma poderosa cinessérie de ficção científica dali em diante. O comando ficou nas mãos do diretor norte-americano Michael Bay, que dirigiu os cinco longas-metragens que chegaram aos cinemas até 2017, ano de Transformers: O Último Cavaleiro. A cada história, o visual dos robô sofre alterações, a conexão entre eles e o espaço se ampliam e muita destruição fica pelo caminho trilhado pelos autobots. Os críticos não gostam muito do resultado das produções, mas os fãs sempre lotaram as salas.

O mais recente filme que envolve esse universo é Bumblebee (2018), mais juvenil e que dá protagonismo ao guerreiro secundário que dá nome ao projeto e já tinha aparecido nos títulos anteriores. Desta vez, a trama se passa nos anos 1980 e mostra como o fusca amarelo chegou na Terra, teve amizade com a adolescente Charlie e enfrentou decepticons sozinho. 




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