O líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), fez nesta quarta-feira um pronunciamento da tributa do plenário da Câmara em que assegurou que o governo federal nao participou das articulaçoes para formaçao do bloco do PSDB com o PTB, que ele qualificou como "um movimento autônomo". Virgílio assegurou, ainda, que o governo vai zelar para que nao se alterem os acordos de rodízios firmados no ano passado entre os partidos da base governista para a indicaçao de presidentes e relatores das comissoes especiais e para que nao se quebre a cordialidade e o entendimento entre os aliados, "que têm sido essenciais para se fazer as reformas".

Em seu discurso, o líder nao mencionou as comissoes permanentes. Por uma questao regimental, o maior bloco tem preferência na escolha das presidências das comissoes permanentes. Virgílio também rebateu denúncias publicadas na imprensa sobre os métodos de "seduçao" dos tucanos para formar a maior bancada parlamentar na Câmara. Ele leu nota do ministro das Comunicaçoes, Pimenta da Veiga, em que este garante que nao favoreceu o deputado Magno Malta (PTB-ES) na concessao de emissora de rádio, até porque nao houve pedido de concessao e, mesmo que houvesse, as atuais regras nao permitiriam.