O prazo médio de atraso para entrega de objetos, entre encomendas, cartas e afins, é de três dia nos Correios, por conta de greve deflagrada no dia 13. Número que era, até terça-feira, de um dia a menos, mesmo com a ECT afirmando que faz remanejamento de funcionários e mutirões a fim de minizar o problema. As informações de atraso médio são da própria empresa.

Hoje, no oitavo dia útil de paralisações, cerca de 4,350 milhões de objetos não foram entregues nas sete cidades. Isso porque o volume médio de entregas na região é de 750 mil por dia. Mas apenas 100 mil têm chegado nos seus destinos, garante o representante do ABC no Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Similares de São Paulo, Anderson Moraes Lima.

Os Correios afirmam que o índice de paralisações na Região Metropolitana é de 29%. Entre os trabalhadores do operacional - entre carteiros, motoristas e funcionários dos centros de distribuição e tratamento - o valor sobe a dois terços do efetivo parados. Lima sustenta que o número é de até 85% nesses setores e, no total, 70% do efetivo aderiram à greve. São 17 centros na região. "Nas agências, reconhecemos que os números não têm sido fortes", diz. No Brasil, a ECT afirma que 35% das encomendas estão atrasadas.

CONTRAPROPOSTA - O comando nacional de negociação da confederação dos carteiros, que negocia em Brasília, reviu os pedidos. Antes, buscavam 7,16%, mais R$ 400 de ganhos reais. Reduziram pela metade esse incremento linear. Também diminuíram de R$ 30 para R$ 28 o valor da refeição pleiteado. O vale-cesta, que pediam R$ 300, caiu para R$ 200. Até o fechamento desta edição, 14 sindicatos tinham avalizado a nova proposta. É necessário que 18 deles (mais da metade das 35 classes representativas) aprovem em assembleia a nova pauta para que possa ser enviada à ECT.

Hoje, os grevistas se reúnem, em todo o País, a partir das 15h, numa passeata para reforçar os pedidos. Na Capital, o encontro partirá do Vale do Anhangabaú.