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Vereador Paulo Eugênio será o vice do PT em Mauá
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
31/03/2008 | 07:37
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O vereador de Mauá Paulo Eugênio Pereira Júnior será o candidato a vice-prefeito do PT, na chapa encabeçada pelo ex-chefe do Executivo Oswaldo Dias. Ele venceu a disputa interna, domingo, com o presidente estadual da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Edilson de Paula.

No encontro, realizado no Clube Independente, Paulo Eugênio conquistou 290 votos, contra 229 de Edilson. Um militante votou nulo. Dos 518 delegados que teriam direito a voto, 517 depositaram a cédula na urna.

A vitória do vereador – que pertence ao grupo de Oswaldo – era dada como certa, já que contava com a maioria dos delegados. O parlamentar chegou a se lançar como pré-candidato na chapa majoritária, mas retirou o nome em favor do ex-prefeito, após ter a garantia de que seria escolhido para ser o vice.

Já o sindicalista foi indicado pela ala liderada pelo ex-vice-prefeito Márcio Chaves, que perdeu para Oswaldo, em novembro, a disputa interna que definiu o cabeça de chapa do PT na eleição de outubro.

A escolha do candidato a vice estava marcada para o último dia 9, mas a decisão foi adiada sob o argumento de que o partido iria construir um nome de consenso. Na prática, era uma alternativa de ganhar tempo para tentar convencer Edilson a sair do páreo. Mas o sindicalista não abriu mão da disputa no voto.

Apesar do placar apertado e da divisão de forças dentro do PT de Mauá, o discurso oficial das lideranças, depois do encontro, é de que o partido está coeso para disputar a eleição.

Edilson, que defendia a tese de que a chapa derrotada em novembro deveria ter a prioridade na indicação do vice, disse que o grupo a qual pertence – e que obteve 44% da preferência dos delegados, domingo – tem de ser ouvido na composição do plano de governo.

“Demonstramos ser uma força importante. Acredito que temos muito a acrescentar ao plano de governo. Mas agora tem de partir do Oswaldo e do Paulo esse gesto de querer dialogar conosco”, afirmou. “Esse processo foi democrático. Vamos trabalhar para a vitória do PT”, contemporizou depois o dirigente da CUT.

Paulo Eugênio discordou do argumento do sindicalista. “Os votos deles, na verdade, representam a união de várias forças. E a movimentação desses grupos pode ocorrer rapidamente’, afirmou. Mesmo assim, adotou um tom de unidade. “Todas as lideranças precisam ser contempladas. Acho importante o grupo do Edilson e do Márcio estarem envolvidos diretamente na coordenação da campanha”, disse.

Oswaldo – que admitiu que esperava pela vitória de Paulo – também defendeu a unidade. “Essa etapa está superada. Agora vamos discutir nossas propostas. Posso assegurar que todos terão espaço nesse debate”, ressaltou.



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