A pré-estréia nacional do filme Caminhos dos Sonhos, de Lucas Amberg, será ponto alto do 4º Festival de Cinema Brasileiro, que começa nesta sexta-feira, em Sao Vicente, no litoral paulista. Trata-se de uma co-produçao Brasil-Estados Unidos, que reúne nos papéis principais os norte-americanos Talia Shire e Elliot Gould, além de Thaís Araújo e Caio Blat (o Tiago, da novela Andando nas Nuvens). O filme conta a história da imigraçao dos judeus para o Brasil.

O festival tem início às 21 horas, no Ilha Porchat Clube (Praia do Itararé) e termina quinta-feira, com a premiaçao dos vencedores e a exibiçao do filme de Amberg, que participa do evento como hors-concours. Na abertura será feita uma homenagem especial ao cineasta Walter Hugo Khouri, pelo conjunto de sua obra, com a exibiçao de Paixao Perdida.

Cinco filmes selecionados pelo crítico Rubens Ewald Filho disputam o Troféu Caravela, nas categorias de melhor atriz ator, filme, roteiro, direçao, prêmio especial do júri e prêmio de contribuiçao artística. Sao eles: Reuniao de Demônios, de Cecílio Neto; A Hora Mágica, de Guilherme de Almeida Prado; Alô, de Mara Mourao; O Toque do Oboé, de Claudio Mac Dowell, e Amores, de Domingos Oliveira.

Segundo Ewald Filho, estes foram os melhores filmes disponíveis para participar do festival. "Os produtores e divulgadores atrapalharam muito a seleçao, porque nao queriam que os filmes fossem exibidos antes do lançamento no mercado nacional", comentou o crítico. Segundo ele, um dos filmes que pretendia incluir era Outras Histórias, de Pedro Bial, mas nao havia cópia para a apresentaçao. Por trás do Pano, que seria outra alternativa, está no Festival de Gramado e Mário de Hermano Pena, também apresentou obstáculos. Com isso, a única estréia fica por conta de Caminhos dos Sonhos.

O secretário de Cultura do município, Amauri Alves, quer profissionalizar cada vez mais o evento, de modo a fazer com que nos próximos anos, os lançamentos cinematográficos do país sejam feitos em Sao Vicente. O primeiro passo foi dado agora, com a contrataçao de Rubens Ewald como consultor. "A expectativa é transformar o festival num ponto de referência cultural no país", disse Alves.