A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) estima em cerca de R$ 50 milhões o prejuízo provocado ao comércio da cidade com a onda de violência promovida por criminosos nesta segunda-feira. Além dos diversos registros de violência, que levaram os comerciantes a fechar lojas, estabelecimentos foram proibidos de funcionar por ordem de traficantes.

"Quem fechou as portas de sua loja perdeu porque deixou de vender. Quem abriu, também não foi bem sucedido, porque foi registrada expressiva redução do número de consumidores nas ruas", afirma a Fecomércio.

Nota distribuída pela Fecomércio na tarde desta segunda afirma que "novamente o tráfico de drogas usou o comércio para mandar um recado à sociedade". A entidade alega que o comércio foi afetado por ser o segmento empresarial mais próximo da comunidade, "ao lado de cada casa ou em cada esquina". "Mandar o comércio fechar é aterrorizar toda a população, porque esse tipo de ação mexe diretamente com o cotidiano das pessoas", diz a nota.

A Fecomércio entende que a solução para o quadro de violência do Rio de Janeiro depende da integração de ações sociais, econômicas e políticas que dependem, por sua vez, da união entre as diversas esferas governamentais – União, Estados e municípios. "O comércio precisa de paz para continuar gerando negócios e empregos. Mas, antes disso, os cidadãos fluminenses precisam de paz para que seja garantido seu direito de viver no Rio de Janeiro."

A curto prazo, a instituição defende a adoção de medidas enérgicas, como manutenção do reforço do policiamento, atenção redobrada às áreas de risco e uma atuação conjunta entre Polícia e Justiça, para que os bandidos sejam efetivamente punidos.