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EUA acusam Irã de envolvimento em ataques no Iraque
Da AFP
02/07/2007 | 10:54
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A força Al-Quds, unidade de elite dos Guardiães da Revolução do Irã, estava a par e ajudou a planejar um ataque contra as tropas norte-americanas no Iraque, em 2006, no qual morreram cinco soldados. A informação é do porta-voz do Exército dos Estados Unidos, general Kevin Bergner, que também anunciou nesta segunda-feira a prisão de um agente do Hezbollah libanês que treinava extremistas iraquianos.

Segundo o general americano, ativistas capturados pelas forças americanas e acusados de ter fomentado um ataque em 20 de janeiro contra um complexo americano em Kerbala afirmaram que os líderes das forças Al-Quds do Irã deram apoio a esse ataque.

"Esses indivíduos disseram que importantes dirigentes das forças Al-Quds estavam a par e deram seu apoio ao ataque final que matou cinco soldados da coalizão", afirmou Bergner durante coletiva de imprensa em Bagdá.

O comando americano já havia acusado o Irã de financiar e armar os combatentes suspeitos de cometer assassinatos, mas é a primeira vez que afirma que agentes iranianos provavelmente tinham informações sobre este ataque.

O general Bergner confirmou que um dos ativistas que acusaram o Irã era o agente do movimento xiita Hezbollah Ali Musa Daqduq, conhecido como Hamid Mohamed Jbur Al Lami.

Daqduq, que foi preso em 20 de março na cidade de Basra, sul do Iraque, treinava extremistas iraquianos no Iraque, acrescentou o general Bergner. Para o oficial americano, trata-se de uma figura importante do Hezbollah que viajou ao Iraque por recomendação da força Al-Quds, a unidade de elite dos Guardiães da Revolução iraquianos.

"Em 2005, Daqduq recebeu a ordem de um importante membro da direção do Hezbollah libanês para ir ao Irã e trabalhar com a força Al-Quds que treina extremistas iraquianos", insistiu Bergner.

Segundo o oficial, a força Al-Quds e o movimento xiita libanês dirigiam juntos os campos perto de Teerã, onde treinavam combatentes iraquianos antes de enviá-los ao Iraque para cometer ataques no país.

Ao ser interrogada em Beirute, uma fonte do Hezbollah declarou que estava "verificando por que os americanos fazem semelhantes acusações".

O general Bergner também acusou o Irã de estar por trás dos ataques com morteiro cada vez mais freqüentes na Zona Verde de Bagdá, um setor fortificado onde se encontram os principais ministérios iraquianos, assim como as embaixadas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

As forças americanas no Iraque acusam há vários meses o Irã de fornecer a grupos iraquianos explosivos do tipo EFP - armas modernas capazes de perfurar blindagens - que custam a vida de inúmeros soldados americanos.



 




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