Um militar e uma funcionária civil do Exército colombiano se declararam culpados do assassinato do jornalista Garrid Muñoz, que aconteceu na quinta-feira, informaram neste sábado fontes judiciais.

O sargento Albeiro Otálvaro e Fanny Lozano -empregada da XVIII Brigada- admitiram as acusações de homicídio e um juiz ordenou que ambos fossem presos nas cidades de Villavicencio e Bogotá, respectivamente, disseram fontes do tribunal.

Os processados não se referiram ainda aos motivos do crime, que são investigados pela procuradoria, acrescentou o informe, afirmando que a hipótese de roubo foi descartada. Otálvaro e Lozano foram capturados no quarto de um hotel onde foi assassinado a golpes o jornalista de 68 anos, na estrada que liga Villavicencio a Bogotá.

Os assassinos confessos foram surpreendidos pela polícia que chegou ao lugar para "investigar um escândalo", segundo as autoridades. Fundador da emissora "'La Voz del Cinaruco", Muñoz era considerado um patriarca da rádio no departamento de Arauca (fronteriço à Venezuela), onde funciona a estação.

Também era reconhecido por suas fortes críticas aos políticos locas e aos grupos rebeldes de esquerda, lembraram funcionários da radiodifusora. A Colômbia pe considerada por organismos internacionais como o país mais perigoso do mundo para exercer o jornalismo, com cerca de 130 profissionais da área assassinados nos últimos 14 anos.