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Primeiro lote da vacina Coronavac pode começar a ser produzido em outubro

Informação é do presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas; produção ganhou aporte de R$ 96 mi da iniciativa privada

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
29/07/2020 | 12:42
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Divulgação


O primeiro lote da vacina Coronavac, que está em fase de teste, pode começar a ser produzida pelo Instituto Butantan em outubro. A informação é do presidente do centro de pesquisas, Dimas Covas, e a caba de ser dada na coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Além dos bons resultados da testagem, ele conta com o aporte que será feito por empresários, que se reuniram pela manhã com o governador João Doria (PSDB), para acelerar o processo e dobrar a meta de produção do imunizante. Foram doados, para tanto, R$ 96 milhões - a meta é R$ 130 milhões.

"Até setembro serão concluídos os testes com os voluntários e aí há o processo de registro. É possível que comecemos a produzir 60 milhões de doses da vacina a partir de outubro e mais 60 milhões a partir do primeiro trimestre do ano que vem. O Butantan pode começar a fazer a formulação dessa vacina a partir de outubro e vem a questão da fábrica, que é a produção em definitivo", disse. O dinheiro que será doado por cerca de 200 empresários vai permitir, segundo ele, o aumento da capacidade de fabricação, além de contratações rápidas. "Vai facilitar todo esse processo", ressalta. A Coronac será feita em parceria com a fabricante chinesa Sinovach Biotech e dispõe de uma tecnologia dominada pelo Instituto. "Temos de ter a vacina o quanto antes possível para proteger a nossa população", completa.

Covas disse ter sido procurado por emissários russos para produção de vacina que, segundo foi adiantado pela CNN ontem, sairia em duas semanas. "Nós pedimos para saber melhor sobre a vacina, mas não recebemos ainda o retorno. É prematuro dizer se poderíamos firmar parceria. Mas é importante dizer que não é uma vacina em fase final de desenvolvimento, não está na lista de fase final no site da OMS (Organização Mundial de Saúde)", pontuou. 

Durante a coletiva, o governador disse estar na expectativa de que as vacinas sejam aprovadas logo. "O trabalho dos pesquisadores se tornou uma esperança não apenas para São Paulo, mas para todo o Brasil. Todos sabem que a Coronavac obteve bons resultados na segunda fase com humanos. Há uma boa expectativa nessa terceira fase de testes já iniciada com voluntários. Tanto que, após a divulgação, fomos procurados por países vizinhos com interesse na produção", ressaltou Doria. A testagem da vacina terá início nesta sexta-feira na USCS (Universidade de São Caetano do Sul) com voluntários.

Segundo o tucano, o Estado também iniciou as testagens em comunidades quilombolas. "Serão distribuídos também cestas básicas, cobertores, máscaras e álcool em gel. O programa já realizou 1.500 testes em aldeias indígenas em São Paulo e quanto mais testarmos, melhor." Em São Paulo, hoje, são 487.654 casos confirmados e 21.676 mortes. Já, no Brasil, são 2.498.668 casos confirmados e 88.792 mil mortos. 




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