Política Titulo
Creches, CEUs e capacitação
Juliana de Sordi Gattone
Do Diário do Grande AB
30/08/2008 | 07:35
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A prova concreta de que o poder público, historicamente, não investe devidamente na Educação foi a necessidade de se criar uma lei que fixasse percentual mínimo de gastos para o setor. Desde 2000, a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina a destinação do piso de 25% do orçamento à Educação. E, mesmo após oito anos de vigoração da lei, pouco foi feito para alcançar avanço educacional.

Durante esse período - e até hoje -, muitas prefeituras tiveram as contas rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), exatamente por não alcançarem o mínimo de gastos com o setor. Algo preocupante, principalmente ao se levar em conta que a educação é um princípio básico, um direito constitucional e a responsável pela revelação de novos talentos no País.

Mesmo com todos os motivos para que o setor obtenha atenção especial dos gestores, há descaso.

Faltam materiais didáticos, uniformes, transporte escolar eficiente, professores qualificados e bem remunerados, merenda e estrutura física adequada.

Sobram projetos desordenados, alunos sem matrícula, metodologia ultrapassada, má conservação dos prédios públicos, desinteresse, desmotivação e investimentos equivocados.

O tempo já provou que não basta somente a construção de bons equipamentos, se há total ausência de política eficaz que os conduza.

Os mandatos começam e terminam transmitindo a nítida impressão de que tentam somente atender as demandas, sem realmente entender como acabar com elas para tornar o sistema educacional eficiente.

No Aurélio, uma das definições para Educação é "processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social". Algo que não somente os municípios, mas Estados e União ainda não conseguiram alcançar.

Nesse sentido, os candidatos às sete prefeituras do Grande ABC apostam em alguns exemplos de êxito na Educação. Muitos citam a implantação de CEUs (Centros Educacionais Unificados) - alguns apresentam a idéia com outro nome -, criado durante a gestão petista de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo.

Outros garantem acabar com o déficit de vagas em quatro anos com a construção de novas unidades. A capacitação dos profissionais da área também é menção presente na quase totalidade dos planos de governo, bem como a revisão salarial dos professores, melhoria do ensino e creches noturnas.




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