Os importados continuam em queda livre no mercado brasileiro. As empresas filiadas à Abeiva – Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores fecharam o mês passado com a comercialização de 292 unidades, volume 25,7% inferior ao de março, quando foram vendidos 393 veículos. Em relação a abril de 2002, a queda é de 70,3%. São 292 carros contra 983 do ano passado. No primeiro quadrimestre de 2003, as filiadas à Abeiva somaram 1.656 unidades, 53,83% inferior a igual período de 2002.

"Embora todos os índices nos mostrem melhoria considerável da economia brasileira, a retomada do setor de importação de automóveis ainda não aconteceu. Na realidade, quando os parâmetros da economia encontram-se em declínio, somos os primeiros a sentir. E quando ocorre a retomada do crescimento, somos os últimos a serem beneficiados", comenta André Müller Carioba, presidente da entidade.

Estabilidade momentânea do dólar na faixa entre R$ 2,85 e R$ 3,00, entretanto, não deve contemplar o segmento de carros importados com aumento das vendas. A falta de competitividade está também na taxa da alíquota de importação. Em reunião com o ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, a Abeiva pleiteou a redução desse imposto. "As chances para atender tal reivindicação, porém, são mínimas mas, entre as possibilidades colocadas pelo governo, cabem estudos sobre as cotas de importação, com a contrapartida de exportações brasileiras aos países de quem importamos", diz Carioba.