Entre o domingo e a segunda-feira, porém, duas crianças internadas na unidade já haviam morrido de septicemia (infecçao generalizada), também provocada por infecçao hospitalar. "Um dos recém-nascidos tinha a bactéria klebsiella e, no outro caso, suspeitamos que tenha sido por enterobacter", disse o diretor clínico da maternidade, José Carlos da Silveira.
A criança que morreu na madrugada desta sexta-feira, filha da dona de casa Célia Ferreira, começou a apresentar os sintomas da infecçao na quarta-feira. Segundo a mae, os médicos da maternidade demoraram a iniciar o tratamento, o que foi contestado por Silveira. "Começamos a tratá-la menos de três horas após os primeiros sinais; na madrugada ela teve quatro paradas cardíacas; na última, infelizmente, nao respondeu", disse.
Na quarta-feira, 10 recém-nascidos estavam no berçário de alto risco da Sofia Feldman. Desde entao, houve quatro mortes e duas crianças tiveram alta. Das quatro restantes duas estao em estado grave.
A Comissao de Sindicância da Secretaria Municipal de Saúde iniciou nesta sexta-feira a apuraçao das causas da infecçao, mas seus integrantes nao quiseram dar entrevistas. A diretoria da maternidade - premiada como "Hospital Amigo da Criança" pela Unicef, em 1995, e, no ano passado, pelo Ministério da Saúde, pelo trabalho de "humanizaçao do atendimento" - suspeita que as bactérias tenham sido trazidaa por bebês transferidos de outros hospitais da capital.
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